quinta-feira, 29 de setembro de 2011

FICHA DE ACOMPANHAMENTO DO BIMESTRE PARA O ALUNO

Tive a ideia no final do ano letivo de 2010, particularmente no último dia de aula quando percebi que os alunos não tem definido em suas cabeças início e término de bimestre e não sabem como funciona a escola. Pensei comigo mesmo " no ano que vem vou confeccionar uma folha que marque o início do bimestre". Inspirei-me nas divisórias dos cadernos de 96 folhas contendo: nome do aluno, horário de aulas, agenda de provas e outras informações adicionais. Adaptei para uso da escola, acrescentando um item muito importante que é o acompanhamento das avaliações pelo aluno para que ele possa visualizar o seu desempenho escolar e suas notas. É um serviço que presto ao aluno e às suas famílias. Breno José de Araújo - Orientador Educacional
O Orientador Educacional chamou aluno por aluno em sua sala e fez com que todos colassem no caderno de Língua Portuguesa ou de Matemática e aconselhou a utilizarem essas informações. O engraçado é que a cada bimestre novo o aluno respondia, antes mesmo de receber a próxima folha: "você já me deu isso" ou "eu tenho essa folha". Ao que o orientador educacional retruca: "ESSA você não tem". Agora, quarto bimestre eles respondem: "Nossa! Já chegou o quarto bimestre!". Breno José de Araújo Ibirité, 29 de setembro de 2011.

Carta aos educadores da escola

CARTA AOS EDUCADORES ESCOLA MUNICIPAL DO BAIRRO JARDIM DAS ROSAS Prezados colegas, Objetivando esclarecer dúvidas, informar o motivo de nossos procedimentos e contribuir para a construção do projeto pedagógico da escola, apresento um pequeno levantamento da legislação educacional e reflito sobre nossas interações no interior desse estabelecimento de ensino. Primeiramente a lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Art. 5º. Parágrafo 1º. Compete aos Estados e aos Municípios, em regime de colaboração, e com a assistência da União: III – Zelar,junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola. Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: VII- informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão: I- participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II- elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III- zelar pela aprendizagem dos alunos; IV- estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V- ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI- colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. Art. 24.A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: V- a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a)avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; VI – o controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação. O parecer 1132/97 do Conselho Estadual de Educação, dispõe sobre a Educação Básica, nos termos da Lei 9394/96. Oferecendo orientação aos educadores mineiros para aplicação da nova LDB explica o conteúdo da lei dizendo em sua fundamentação a necessidade que o País abandone a cultura da reprovação e instale nas suas escolas a cultura da aprendizagem centrada no ritmo próprio de cada aluno. Para tanto apresenta o importante instrumento da PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA que possibilita introduzir mudanças planejadas e compartilhadas que pressupõem, de um lado, ruptura com uma cultura de reprovação e com uma educação elitista e, de outro, um compromisso com a aprendizagem do aluno e com uma educação de qualidade para todos os cidadãos. (...) O que se procura é aprender a aprender. (...) Há a necessidade que as escolas mudem o seu paradigma, “que sejam capazes de fazer a autocrítica de suas práticas e deixem de ser escolas congeladas numa postura autoritária e, por vezes, até terrorista, de provas, reprovação, repetência e submissão. A proposta pedagógica nasce do movimento de “ação-reflexão-ação” que nunca estará pronto e acabado. É um trabalho pedagógico construído e vivenciado em todos os momentos por todos os envolvidos no processo educativo da escola. As escolas tem a incumbência de prover todos os meios possíveis para a recuperação dos alunos de menor desempenho e aos docentes zelar pela aprendizagem estabelecendo estratégias de recuperação. Em relação à freqüência compete as escolas informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o desempenho dos alunos. Recomenda-se as escolas a adoção de providências internas capazes de estimular a freqüência de alunos em suas atividades, para cumprimento da carga horária de seus cursos. Os estabelecimentos de ensino manterão sistema de comunicação com as famílias para que a freqüência à escola seja objeto de acompanhamento, cabendo ainda informar às autoridades competentes (Ministério Público e Conselhos Tutelares) quanto os casos de alunos infrequentes. Paralelamente a isso a Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) Art. 56, os dirigentes de estabelecimento de ensino fundamental comunicarão ao conselho tutelar os casos de (...) II – reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III – elevados níveis de repetência. Na legislação correlata a Resolução 521, de 02 de fevereiro de 2004 da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais reza em seu artigo art. 18 – O controle de freqüência dos alunos é de responsabilidade do professor, (...) Art. 19 – O não comparecimento, a infrequencia e os atrasos constantes do aluno devem ser objeto de ação da escola junto às famílias e autoridades competentes. Essas ações são mais bem explicitadas na resolução 1086, de 16 de abril de 2008, artigo 18: A escola deverá acompanhar sistematicamente a freqüência dos alunos e estabelecer contato imediato com as famílias nos casos de ausência por cinco dias consecutivos ou dez dias alternados no mês, a fim de garantir a freqüência de 75%, no final de cada período letivo. Ação corroborada pelo regimento interno das escolas municipais que não são tão bem explícitas, mas que diz que os docentes devem comunicar ao superior hierárquico qualquer anormalidade do aluno (entendemos que a infrequencia é uma anormalidade, o normal é a presença do aluno em sala de aula, todos os dias, sem faltar um dia sequer). Refletindo um pouco sobre a legislação educacional podemos perceber que o legislador deu muita ênfase á infrequencia do aluno e providenciou no escopo da lei mecanismos claros para que freqüência do aluno seja garantida. Isso não é gratuito. Entendemos que é impossível haver APRENDIZAGEM sem a presença do aluno em sala de aula. Dados de nossa própria escola: 25% dos alunos faltaram em apenas dois meses (fevereiro e março) de dez ou mais vezes; percebemos visualmente que na segunda e na sexta feira a freqüência é baixa. Sabemos que aproximadamente 40% dos alunos perderam médias no primeiro bimestre , nem que seja em uma matéria. Esse é o mesmo índice de retenção mais evasão do ano passado. Portanto, fazemos algumas perguntas: para quem estamos dando aulas? E o que estamos ensinando? Qual é o conteúdo de nosso currículo oculto? Como nós, educadores da escola, estamos nos relacionando e resolvendo os nossos conflitos? O Projeto Político Pedagógico não é algo pronto e acabado, ele está sempre em construção e precisa de muito diálogo para se construir consensos. Precisa ser constante, não dá para fazer em um ano e não fazer no outro. É passível de avaliação e mudança de rumo. Só não é passível de não ser feito. Algumas coisas, simplesmente, não dão para abrir mão. Se TODOS não cumprirem os combinados não teremos uma escola de qualidade! Breno José de Araújo Orientador Educacional Ibirité, 29 de setembro de 2011.

Artigo sobre Educação Escolar

Afinal, quem são os Gestores no Espaço Escolar? Concatenando esforços por uma escola melhor Encontramos dentro da escola diversas lideranças, atuando cada qual na sua função e que precisam definir suas ações em harmonia com o Projeto Político Pedagógico da escola. É importante sempre lembrar que para tornar a escola um espaço especial, visando a construção de uma sociedade melhor, precisamos desenvolver um trabalho em equipe, um trabalho solidário entre todos os que compõem o cotidiano escolar. Temos o gestor administrativo (diretor), o pedagógico (coordenador), o educacional (orientador), o da sala de aula (professor) e outros cargos definidos pela estrutura de funcionamento das políticas públicas. Basicamente, em todas as escolas os gestores desenvolvem as seguintes funções: Professor – deve ser entendido como um agente de educação integral, cujas habilidades, conhecimentos e atitudes em relação ao aluno, são o centro de eficácia do processo educativo. Diretor – assume uma série de funções, tanto de natureza administrativa quanto pedagógica. Entre as suas responsabilidades principais estão: Gerenciar os aspectos materiais e financeiros da escola. Harmonizar as relações entre os profissionais da educação que atuam na escola. Articular a relação escola-comunidade. Construir em parceria com todos os segmentos da escola, as normas, regulamentos, adotando medidas condizentes com os objetivos e princípios propostos. Promover um sistema de ação integrada e cooperativa. Manter um processo de comunicação claro e aberto entre os membros da escola e entre a escola e a comunidade. Estimular a inovação e melhoria do processo educacional. Coordenador Pedagógico – Auxilia os professores na elaboração e diversificação de suas aulas. Busca alternativas junto aos professores para trabalhar os conteúdos propostos de forma mais efetiva, clara e que possa atingir os alunos, melhorando e facilitando o processo de ensino-aprendizagem. Orientador Educacional - Estende seu trabalho a todos os alunos, orientando-os em seus estudos, com o objetivo de que os mesmos sejam mais proveitosos. São funções do orientador educacional: Auxiliar o educando quanto a seu auto-conhecimento a sua vida intelectual e a sua vida emocional. Trabalhar para estabelecer na escola um ambiente de alegria e confiança. Procurar trazer a família para cooperar de maneira mais eficiente e positiva na vida do educando. Realizar trabalho de aproximação da escola com a comunidade. Realizar observações e entrevistas pessoais com os alunos e seus familiares. Participar do processo de avaliação escolar e recuperação dos alunos. Todos os líderes mencionados precisam eleger como prioridade a aprendizagem dos alunos, desenvolvendo atitudes de gestão compartilhada, entendendo que a gestão não pode ser jamais um fim em si mesma e que para ter sentido, tem que estar a serviço do êxito dos alunos. Mas é importante ficar claro que a ação de todos os líderes que não atuam na sala de aula só faz sentido se favorecer o trabalho do professor, resultando em benefícios educacionais e sociais para os alunos. O clima organizacional precisa ser favorável à aprendizagem e precisa estimular que os professores desenvolvam trabalhos onde a curiosidade do aluno seja despertada para continuar a aprendendo e que ele receba na escola as condições para tal. Onde cada um, professores e alunos ofereçam o melhor de si. Precisamos de uma escola autônoma, aberta, flexível, democrática, participativa e que seja um espaço de socialização. Uma escola que estabeleça diálogos com a comunidade escolar, onde os professores se comprometam com os resultados dos alunos, onde os pais e mães estejam presentes. Enfim, uma escola onde o aluno seja valorizado e estimulado a aprender. Agora, é preciso transformá-la também num ambiente voltado à reflexão. Nesse sentido, o papel do gestor/diretor passa a ser muito importante. É essencial entender o conceito de liderança educacional como um tipo de intervenção junto a pessoas, por meio do qual se promovem novas maneiras de pensar. Se educadores não mudam sua forma de pensar, não mudarão sua forma de agir. Liderar é criar ambientes seguros, que sejam favoráveis para inovações educacionais. Como dizia Paulo Freire: “Ninguém educa ninguém, os homens se educam em comunhão”. Para Saber Mais Indicamos a leitura do livro Mestres da Mudança , uma publicação do CECIP / ARTMED, Porto Alegre, 2006, doa autores: Madza Ednir, Claudia Ceccon, Claudius Ceccon, Boudewijn van Velzen, Alex van Emst e Simon Ettekoven. Resultado de uma parceria entre educadores brasileiros do CECIP e holandeses da APS Internacional, o livro Mestres da Mudança trata da arte e do artesanato de transformar as escolas, por mais problemáticas que sejam, em lugares onde a aventura do conhecimento acontece com prazer. O livro sistematiza uma experiência de dez anos de trabalho e mostra que liderar pessoas não é, como geralmente se pensa, um dom reservado a poucos eleitos, e sim uma competência que pode ser aprendida, desenvolvida e aperfeiçoada. Trazendo conhecimentos que ajudam a desenvolver a capacidade de refletir sobre a complexidade dos processos de mudança, o livro estimula os educadores a experimentar novas formas de atuar profissionalmente. Mestres da Mudança é dedicado a uma figura importante, mas que costuma estar em segundo plano nos processos de reforma educacional: o gestor escolar. É ele o principal responsável por apoiar processos de aperfeiçoamento de escolas. Para tanto, deve facilitar a interação entre as pessoas, baseada em confiança, transparência e respeito mútuos. Elisete Oliveira Santos Baruel Pedagoga e Relações Institucionais do Portal Planeta Educação; Especialização Pedagógica na Área da Aprendizagem (USP); Extensão Universitária do Programa de Filosofia para Crianças (UNITAU); Especialização em Gestão em Educação e Novas Modalidades de Ensino. Sheila Cristina de Almeida e Silva Machado Graduada em Pedagogia; Especializada em Orientação Educacional; Pós - Graduada em Psicopedagogia; Atua como Orientadora Educacional no Instituto de Educação Renascença.
Escola, um enigma indecifrável. Quero fazer uma declaração de amor. Peço perdão a todos que me ouvem pela indelicadeza, serei muito pessoal em minha fala. Tenho uma paixão! Domina-me, me prende, arrasta e me consome. É maior que eu mesmo. Não tem jeito. Por muito tempo eu resisti. Tentei fugir, fazer outra coisa... Mas, não deu. O que eu sou, o que eu tenho. O meu passado e futuro estão atrelados a ela. Amo apaixonadamente a ESCOLA. Não sei viver fora desse ambiente. Não sei fazer outra coisa senão pensar nela. Trabalhar e sofrer nela. Ao ingressar-me nesse local, pela primeira vez aos sete anos, lembro-me do dia: Observei as paredes, as carteiras, meus colegas, minha professora, meu material escolar, enfim fiquei atento a toda aquela novidade! Nunca gostei tanto de um lugar, como havia gostado daquele. Eu me encontrei! Começou aí a minha paixão e reflexão sobre essa INSTITUIÇÃO, chamada ESCOLA. Estive sempre atento sobre o que as professoras falavam sobre o Conhecimento Escolar, desde os anos iniciais. Com o passar do tempo pude dialogar com os professores e professoras sobre o tema. Alguns professores deixaram suas marcas em mim. Eles imprimiram uma forte conexão e me auxiliaram-me a ser o que sou hoje. Não falo aqui da palavra EDUCAÇÃO, falo sim da palavra ESCOLA. Sobre o que acontece no seu interior, sobre suas relações entre os diversos indivíduos que se interagem nesse espaço. Minha paixão pela Escola me reservou uma decepção, comum às paixões. Eu não passava nos exames seletivos para concursos de vagas seja de CEFET, UNIVERSIDADES OU CONCURSOS PÚBLICOS. Descobri que percorri toda a trajetória escolar com êxito, mas não sabia nada. Ou melhor, quando eu precisei daquele conhecimento, não soube aplicá-lo. Ainda hoje, eu não sei. Vocês não sabem o custo que foi redigir esse texto. Cheguei a uma conclusão, polêmica é claro, alguns dirão: “não é bem assim...” Mas, é o seguinte, A ESCOLA ENSINA ERRADO! Enganam-se quem pensa que os alunos não aprendem nada na escola. Enganam-se quem pensa que a escola não está ensinando. Enganam-se quem pensa que os alunos não absorvem conteúdos na escola. Os alunos aprendem sim! Eles aprendem sim o que a escola ensina. O problema é que a escola ensina errado! Os alunos conseguem chegar até nono ano ou ao terceiro do ensino médio sem saber escrever direito, sem saber usar as normas gramaticais da língua culta. Não escrevem um texto ao menos inteligível. Duvidam, leiam as “pérolas do Enem” que circulam livremente na internet. Aquilo não é chacota não, é verdade. Posso comprovar trazendo exemplos de textos que os alunos escrevem para mim. Por que isso acontece? Porque a Escola ensinou. Ensinou que não é preciso ler os próprios textos que escrevem. Ensinou a copiar por copiar. Ensinou a não ouvir as pessoas. Ensinou a serem individualistas. Ensinou a desconsiderar as pessoas. Não adianta por a culpa nos alunos, são excelentes! A escola ensinou errado. Um objetivo educacional presente nos documentos oficiais é: desenvolver o gosto pela leitura e pela escrita e quando a criança já apresenta esse gosto, o que a escola faz? Desenvolve o desgosto. Aprendi a ler antes de ir para escola, já escrevia o meu nome e meus tios liam para mim revistinhas em quadrinhos. Como falei, minha paixão pela Escola é de tenra idade. Quando aprendi a escrever na escola, comecei a escrever com gosto. Lembro-me de ter participado na escola de um concurso de redação sobre o meio ambiente. Lembro-me de ter perguntado à professora sobre o resultado dele. A professora não tinha uma resposta para me dar. A escola ensina errado quando se produz para nada.Quando se escreve uma redação e ela cai num limbo. Pode até ter uma motivação inicial, mas depois não há uma continuidade. A escola não dá continuidade a nada. Pula-se de uma atividade para outra e outra. Uma não complementa a anterior, não retoma, não acrescenta e muito menos conclui. A escola não me ensinou a escrever, ler eu leio muito, mas, escrever um texto bom! Que dificuldade! A escrita é apenas circunscrita a apenas a seus próprios exercícios. O ensino de Língua Portuguesa se baseia apenas de se saber uma gramática, ou melhor, um recorte da gramática descontextualizada. O que se escreve? Para quem se escreve? Por quais motivos? Quais são os portadores de texto? São perguntas que não se fazem na escola. Porque estou dizendo isso tudo? Porque se você pedir a um aluno para reler o que ele mesmo escreveu, ele se recusará. Virá com uma pergunta desconcertante: “para quê?” Em sua trajetória escolar ele nunca precisou corrigir o próprio texto, isso nunca lhe foi solicitado. A escola ensina errado quando solicita ao aluno fazer trabalhos em suas diversas disciplinas ao longo das séries e o professor que os recebe não os lê. Simplesmente dá um risco de alto a baixo significando que “passou o olho”. Avalia a capa, a aparência do trabalho e dá a nota por isso. Trabalho com “aparência” de limpo e mais ou menos no formato esperado recebe uma boa nota se não parecer “apresentável” recebe uma nota menor. Dessa forma acabou de ensinar ao aluno que não é necessário ler o que se escreve. Ensinou que escrever é apenas copiar palavras e frases fora do contexto, no final basta dar uma boa aparência na capa para receber uma boa nota. Ultimamente, os alunos não se dão ao luxo nem de dar uma boa roupagem ao trabalho, já arrancam folhas do próprio caderno, com rebarba e tudo, grampeiam e entregam ao professor. Este, aceita passivamente, ensinou errado! Quando falo de Escola. Não falo de uma escola em específico. Não falo de um professor em específico. Não falo de uma disciplina em específica. Falo da ESCOLA! DA INSTITUIÇÃO. Falo de um Sistema Educativo montado pelo ESTADO, de forma histórica e contextualizada, que é composta pelos seus profissionais. Pelas Instituições de Formação Docente. Pelos governos Federal, Estadual e Municipal. Pelos Gestores Públicos e Privados. Pelas pesquisas e pesquisadores educacionais. Pelo Conhecimento socialmente elaborado ao longo da história. Pelo fazer mesmo, cotidiano, de cada estabelecimento de ensino. Pelos alunos, famílias, comunidade, cultura. Enfim, por toda a sociedade e por tudo o mais que possa interferir na Instituição Escola. Falo de seu produto. A escola está produzindo analfabetos funcionais. Nas avaliações externas o resultado é sofrível. Os níveis de evasão e repetência são altíssimos. A escola brasileira não é uma Escola de qualidade. Segundo o Movimento Todos Pela Educação, a taxa de analfabetismo na faixa etária de 10 a 14 anos é de 2,5% e de 15 anos ou mais é de 9,7%. Só 26,3% dos alunos que concluem o Ensino Fundamental têm um bom desempenho no SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) Apenas 63,4% dos alunos conseguem concluir o Ensino Fundamental na idade adequada. O IDEB (índice de Desenvolvimento da Educação Básica) dos anos finais do Ensino Fundamental do Brasil segundo dados do Ministério da Educação é 4, quando a média deveria ser 6,0. Esses dados estão totalmente de acordo com a Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas, onde 35,5 % dos alunos foram reprovados em 2010 e nesse ano mais de 40% dos alunos perderam médias no primeiro bimestre, 40 % estão fora da faixa etária adequada para série em que estudam. São também fortíssimos candidatos a reprovação nesse ano. O que pretendo quando digo que a Escola ensina errado não é desancar a Instituição ou culpabilizar seus profissionais. Pelo contrário, quero fomentar o debate. Contribuir com uma reflexão do fazer pedagógico. Há muita coisa boa sendo feita no interior das escolas, por profissionais comprometidos, que não são ouvidos. Acho que um dos motivos porque a escola ensina errado é porque quem pensa e gerencia a escola não entende nada do fazer pedagógico. Pensa que para uma Escola existir basta uma sala de aula e um giz. Por isso é que se constrói escolas sem espaços extras para outras atividades. Escolas precisam de bibliotecas amplas, as atuais são do mesmo tamanho que uma sala de aula, menor até; sala de uso multimídias; pátio coberto; auditório; sala de reuniões amplas; depósito de materiais; arquivo morto (vocês não sabem a quantidade de material que precisa ser arquivado ao longo dos anos). Ou seja, as escolas precisam de muito mais espaço do que os prédios atuais contam. Isso gera um stress muito alto. Conheço uma escola que numa sala de aula existem 55 alunos matriculados. Há condição de se ter um trabalho de qualidade num ambiente desses? Pela precariedade e pelas péssimas condições atuais em que são submetidos seus profissionais a escola acaba ensinando errado. Mas, o que digo não é nada novo. Professoras estão conseguindo notoriedade fazendo vídeos que são postos na internet e atingem picos de exibição seja no youtube ou no twitter. As mazelas da educação brasileira já são por demais conhecidas. Permitam-me um pouco mais além, sobre o assunto ESCOLA há uma pessoa que já apresentou o que apresento com muito mais lucidez e conhecimento de causa, essa pessoa se chama Celestin Freinet, um pedagogo francês, ele faz uma dissecação do tema em sua obra PEDAGOGIA DO BOM SENSO, se refere à escola de seu tempo, mas, oh, é tão atual! Freinet comparou o trabalho escolar com o trabalho inútil de um soldado: cinco homens e um cabo, que tinham por missão transportar, para a outra extremidade do pátio, um monte de cascalho incômodo. Certamente, é preciso entrar em ação, e nunca depressa demais, pois a tarefa não é urgente. Um quarto de hora depois, a equipe estava pronta para a obra, se é que no caso se pode falar de equipe e de obra: um soldado empunha os varais do carrinho de mão onde se sentará quando estiver cansado; outro cuida da roda e se sentará em cima dela para manter o equilíbrio. E os homens munidos de pá? Vigiam o sargento e, quando ele olha, opa! Uma pazada de cascalho... _ “ Saiam daí”, atreve-se a dizer um recruta espertinho. “Eu sozinho faço mais que cinco equipes juntas...” _ “ Nada disso”. _ respondem os homens experientes. “Não estamos na vida civil e você não é pago por peça. Vai incomodar todo mundo; os colegas que não estão com vontade de trabalhar, o cabo que tem que nos vigiar aqui até a sopa, e o sargento que dirá, muito sério, quando você acabar: “Faça de novo... Ponha de volta o monte de cascalho onde ele estava! Quando você estiver em casa, poderá trabalhar o dobro; aqui é trabalho de soldado. Não tem finalidade nem razão de ser. É feito para aborrecer os militares e fazer acreditar aos contribuintes que na caserna é necessária uma mão-de-obra abundante e especializada. Freinet pergunta “porque é preciso, que lástima! Que a técnica escolar se pareça tantas vezes com esse trabalho de soldado?” A escola luta contra crianças rápidas demais ou conscienciosas demais, contra aquelas que acabam tão depressa os deveres que, decentemente, não se pode obrigá-las a repetí-los.” O que a escola faz então? Dá outra atividade, e outra e mais outra... Assim o tempo vai passando. O problema é que atualmente, essas crianças que fazem as atividades, são minoria. Se no tempo de Freinet, mesmo na França, país de primeiro mundo a educação não era universalizada. Era para uns poucos. Hoje, no Brasil com 97,9% das crianças atendidas na escola, apenas muito poucos conseguem acompanhar o que a escola espera delas. Desculpem-me se tudo isso que eu digo provoque em vocês um sentimento de angústia. Não pensem que este que vos fala é um profissional esgotado e desiludido com a vida. Já vos disse antes, sou um apaixonado pela ESCOLA, não quero demoli-la, não sou um niilista. Acredito que isso tudo precisa ser dito e divulgado. “ A Sabedoria grita nas ruas, faz ouvir a sua voz, nas elevações, ao longo do caminho, nas encruzilhadas das estradas, junto às portas das estradas e nos portões de saída se dirigindo aos que querem ouvi-la” (Livro dos Provérbios). Voltando à Freinet: “nosso trabalho nos unirá”. Segundo ele: Os EDUCADORES têm a vantagem insigne de poderem dedicar-se a uma tarefa que a técnica humana ainda não despojou dos seus atributos naturais. A torrente, está lá, diante deles, ribombando e se agitando. E é por lhe opormos diques cedo demais que se imobiliza na planície. Depende apenas de nós vê-la novamente descer os declives e descer com ela, marretando obstáculos a serem derrubados, agarrando-nos por vezes às raízes da escarpa a fim de moderarmos impetuosidades, habituando-nos ao ribombar e ao ritmo das águas que correm, invencíveis, para a fertilidade e a vida. As crianças e os adolescentes, de qualquer época, sempre darão trabalho. Eles não têm obrigação de saber nada, quem tem obrigação de ensiná-las é a geração adulta. Isso já dizia Durkheim. Nós somos VELHOS, eles NOVOS. Para nós, é o mesmo... visto e revisto... que novidade tem? Para eles, não. É sempre uma novidade. A cada ano que se inicia mais uma leva de NOVOS se nos apresenta pela frente. De novo? Mas, eu já não falei isso? Sim, você já falou isso, não para esses NOVOS. Para você que é VELHO, está cansado, desanimado, triste. È deja-vú. Para eles não. Para os NOVOS, tudo é novo para os VELHOS, que somos nós, vem o perigo do imobilismo e do cansaço. Um parceirão meu, Roberto Carlos Ramos, Contador de Histórias, que já foi menino de rua, comeu “o pão que o diabo amassou” apresenta uma Pedagogia diferente, a qual concordo e comungo, a Pedagogia do Amor para ele um bom professor precisa ter qualidades definidas por três “f” (Força, fôlego e flexibilidade) para poder conduzir uma educação de qualidade. O contraste é o educador que também tem três “f”(fraqueza, fadiga e ferrugem), o eterno pessimista e desiludido com a profissão. O educador precisa se renovar constantemente estando aberto às novidades, precisa reinventar-se cotidianamente e não pode abrir mão de algumas coisas importantes. Como o seu próprio saber-fazer. Algumas coisas se renovam, outras permanecem. O educador precisa ter bom senso para saber o momento de conservar e o momento de ousar. A Instituição ESCOLA, não muda com a rapidez que a sociedade muda, seus profissionais não se formam na faculdade de licenciatura, como se poderia supor. Eles se formam nos primeiros anos do ensino fundamental, suas práticas como professores são as práticas daqueles professores que lhe marcaram positivamente no seu percurso escolar e com os quais aprenderam alguma coisa. Isso leva um tempo de doze anos. Cada professor ou professora tem o tempo de agora para marcar definitivamente a vida de seu aluno e marcará de uma forma ou de outra positiva ou negativamente. É RESPONSÁVEL! Ou seja, responderá por isso na eternidade, não dá para se eximir disso. O que querem os alunos? Querem um professor que saiba bem o conteúdo que ensina, equilibrado emocionalmente e que não seja distante deles, que saiba sorrir, que demonstre carinho, afeto e que saiba atendê-los em suas necessidades. Não querem um professor que não se importa com eles e que não saiba ouvir, não querem um professor que deixa a banda correr solta, precisa demonstrar que tem controle da situação, que puna, mas que puna justamente. Eles querem limites! Quer autoridade, não autoritarismo. Há um limite tênue entre esses dois conceitos. Querem fazer atividades que façam sentido, que despertem o interesse, que chame a atenção e querem ser valorizados por isso. Já ouvi no meu trabalho na Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas e em outra que passei um grupo de alunos dizer assim “se o professor colaborar conosco, nós colaboraremos com ele também” Quando jovem na profissão eu passei alguns apertos para manter a disciplina em sala de aula. Um dia, um desses grupos me disse, quando pedi propostas de soluções para a bagunça da sala: “o Breno por moral”. É isso. “As ovelhas ouvem a voz do pastor” parábola bíblica não é? Freinet, a fonte de onde bebo para fazer minhas reflexões também utiliza dessa metáfora. Perguntei a uma aluna que participa do Projeto Corpo Cidadão, onde ela gosta de ficar mais no “Projeto” ou na escola? Ela me disse: “no projeto”. Perguntei de novo, o que é diferente? Ela respondeu _ “No projeto é mor legal, os professores não gritam com a gente, sabem ouvir mais, tem a roda, a gente se diverte” Outro aluno chega perto e entra na conversa informando que o professor da escola tal, também é legal, que fulano faz isso, que sicrano faz aquilo. Logo citam aqueles de quem não gostam. É não dá para esquecer Madre Tereza de Calcutá que disse certa vez que os melhores professores são as crianças, elas sabem das coisas. Dentro da ESCOLA está a chave de sua transformação. Percebo que a ESCOLA precisa e muito de projetos sociais como o “Corpo Cidadão” para revitalizá-la, para injetar “sangue novo”, discuti-la mais. Ela não pode ignorar que precisa rever suas práticas. Beneficia-se e muito do fato dos alunos participarem do “projeto”. Observo que todos os alunos passam a vê-la com um olhar melhor, tem mais paciência para com suas exigências. Eles tem uma vida um pouco mais colorida, em meio a certo abandono em que vive os jovens em geral, hoje em dia. O ambiente em que os alunos da Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas vivem, não é um dos melhores. São de nível sócio-econômico baixo, há registros de violência doméstica, abuso de substâncias entorpecentes e abandono familiar. O Projeto Corpo Cidadão deu um pouco de esperança para eles, finalmente alguém os olhou, respeitou sua individualidade e seu talento, ouviu sua voz. Geralmente, os participantes do “projeto” se não estão entre os melhores alunos da escola, estão entre aqueles, onde há mais diálogo. Onde o respeito fala mais alto. Não costumam responder com violência em situações de conflito. Não abandonam a escola, há um rendimento em aprendizagem melhor. Mas há casos em que alguns alunos valorizam mais o projeto em detrimento à escola, por motivos óbvios, no primeiro são impecáveis com o uso do uniforme e assiduidade. Faltam às aulas da escola, mas são vistos no ônibus do “projeto”. A ESCOLA precisa muito aprender sobre as práticas do “projeto”. Práticas que não são exclusividade dele, já foram da própria escola que as abandonou, como a roda no início das atividades. Onde os jovens tem a oportunidade de falar, de expressar sua opinião, de reforçar os combinados, de organizar as atividades de forma conjunta, democrática e construtiva. TEXTO APRESENTADO NO SEMINÁRIO DO GRUPO CORPO - PROJETO CORPO CIDADÃO

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A Participação dos Pais na escola influencia o desempenho escolar dos filhos? I

1 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA ESCOLA INFLUENCIA PARA UMA MELHOR APRENDIZAGEM Erlindes Valigura Fusverki 1 Nelsi Antonia Pabis 2 RESUMO O presente trabalho tem como foco principal realizar um diagnóstico sobre participação dos pais na escola e a influência dos mesmos visando uma melhor aprendizagem dos seus filhos. Segundo (MACEDO 1994, p.199). ”Com a participação da família no processo de ensino aprendizagem, a criança ganha confiança vendo que todos se interessam por ela, e também porque você passa a conhecer quais são as dificuldades e quais os conhecimentos da criança.” A pesquisa será de abordagem qualitativa. Sendo do tipo estudo de caso, desenvolvida nas Séries Iniciais na Escola Municipal de Guamirim - Educação Infantil e Ensino Fundamental. O instrumento de coleta de dados formulado foi aplicado para dez professores, dez alunos, dez pais e um coordenador pedagógico. Foram utilizadas 40 horas, duração de duas semanas para a aplicação deste questionário. Palavras-chave: Participação, pais, escola, aprendizagem. ABSTRACT The present work has as main focus to carry through a diagnosis on participation of the parents in the school and the influence of the same ones being aimed at one better learning of its children. Second (MACEDO, 1994 p. 199). “With the participation of the family in the education process learning, the child gains confidence seeing that all are interested for it, and also because you starts to know which is the difficulties and which the knowledge of the child”. The model of the research will be of qualitative boarding. Being of the type study of case, developed in the Initial Series in the Municipal School of Guamirim – Infantile Education and Basic Education. The formulated questionnaire was applied for ten professors, ten pupils, ten parents and a pedagogical coordinator. 40 hours had been used, duration of two weeks for the application of this questionnaire. Key-words: Participation, parents, school, learning. 1 - INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo enfocar a importância dos pais na escola, analisando a importância do trabalho conjunto família - escola no processo ensinoaprendizagem.. Através deste procuramos verificar se a participação da família na escola ajuda para que o educando obtenha uma aprendizagem melhor. Escrever ou falar dos pais é sempre uma grande satisfação para nós professores, pois 1 Pós Graduanda do curso de Especialização (Pós Graduação lato sensu) Ensino e Formação de Recursos Humanos para Educação Básica. UNICENTRO, 2006. 2 Professora Orientadora Dr.ª Mestre em Educação. Departamento de Pedagogia. UNICENTRO, 2006. A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 2 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas são eles os mais constantes e próximos agentes de uma possível mudança no âmbito familiar, com repercussões no contexto escolar. Diagnostiquei a importância do papel das relações afetivas e emocionais mantidas entre as crianças e seus familiares no desenvolvimento da aprendizagem, levantando questões relativas à vida dos alunos que demonstrem a realidade dos mesmos para identificar as causas de seus problemas de aprendizagem, e relacionei se os pais demonstram interesse e atenção pelo estudo de seus filhos. Realizei questionários em que professores, pais, alunos e coordenador pedagógico tiveram oportunidade de colocar suas idéias, problemas e soluções para visar uma educação de melhor qualidade em seu contexto escolar. Visitei as casas de alunos para conhecer melhor a sua realidade familiar. Buscando mais conhecimento sobre os mesmos. 2 - REVISÃO DE LITERATURA As pesquisas feitas em livros registram peculiaridades importantes do desenvolvimento do ser humano. A criança quando nasce “prematura” requer, durante um período relativamente longo, cuidados familiares e mais especificamente maternos para sobreviver. Segundo (PRESTES, 2005, p.39) “uma criança carente de estímulo social desde o nascimento e durante a primeira infância, não se socializa isto é, não desenvolve capacidades humanas nem se adapta à sociedade”. O desenvolvimento infantil é um processo global. É evidente que as dificuldades de aprendizagem estão relacionadas tanto às características próprias da criança, quanto às atitudes inadequadas da família e da escola que afetam a criança enquanto pessoa em desenvolvimento. “A criança que desde cedo, tem contato com outra, é sabidamente mais sociável, menos egocêntrica e mais tolerante. Viver em grupo é altamente positivo. O ser humano é gregário por natureza e – especialmente a criança – adora conviver e se relacionar com gente do seu tamanho”. (ZAGURY, 2002, p. 33). Quando a criança entra na escola, conta com uma gama de experiências adquiridas no convívio com os seus meios anteriores que lhe permitirão formar uma determinada visão sobre si mesma. A incorporação à escola significa, para ela, uma ampliação na sua esfera de relação; nela conhecerá outras crianças com quais deverá compartilhar uma parte considerável de sua vida, além de estabelecer relações com adultos que não pertencem a sua família e nem às suas relações mais próximas. Toda criança começa a aprender a partir do nascimento e, desde então, vai construindo a sua modalidade de aprendizagem no convívio familiar, com decorrência de alguns fatores, como as trocas emocionais, a aprendizagem social, a observação e a imitação são processos importantes que se efetivam nesse contato. Para aprender, a criança ao mesmo tempo necessita de um espaço em que possa aplicar, verificar ou contestar suas hipóteses e assim avançar em seus conhecimentos. Neste momento do processo de escolarização da criança quando ela inicia sua busca pelo desejo de aprender, ela será acompanhada pelo educador que lhe fornecerá experiências escolares A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 3 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas significados para o seu ser de aprendiz. Para NADAL (2005, p.24) “A sala de aula como um espaço de comunicação onde o processo de ensino se materializa em situações didáticas. São estas atividades, especialmente planejadas, preparadas e orientadas para levar os alunos aos objetivos de ensino que permitem a interação entre o professor e o aluno, o professor e a classe, um aluno e o colega, os alunos entre si e entre todos eles e o conhecimento”. No geral, as experiências e aprendizagens realizadas pela criança, são complexas, pois envolvem situações e pessoas com reações diferentes. Sobre a influência da escola na vida da criança. (CUBERO, 1995. p. 253) afirma que: a escola é junto com a família, a instituição social que maiores repercussões tem para a criança. Tanto nos fins explícitos que persegue expressos no currículo acadêmico, como em outros não planejados, a escola será determinante para o desenvolvimento cognitivo e social da criança e, portanto, para o curso posterior da vida. Naturalmente que, depois da família, é na escola que as crianças permanecem mais tempo, e as expectativas em relação ao seu desempenho escolar aumentam, assumindo maior importância na vida em família. Mas não compete apenas à escola a função de educar, mas também à família em primeiro lugar. E se hoje se tem a sobrecarga da vida moderna, é sumamente importante lembrar que o que vale não é o tempo que se passa junto com os filhos, mas a maneira como estabelecem as relações com eles. Isso é o que importa, pois se os filhos sabem que podem contar com os a pais quando necessitarem, se os pais têm uma parte do seu tempo diário e de lazer reservado para dar atenção e conversar com os filhos, se os limites são estabelecidos com flexibilidade e justiça, sem culpas ou necessidades compensatórias, pode-se esperar, então, menor probabilidade de problemas. Para NADAL (2005, p.37), a maioria das crianças quando chega à sua classe vem com imagens sobre a escola construída por aquilo que ouviu ou viu. Na realidade, para grande parte das crianças, a escola constitui-se numa das únicas oportunidades para a aquisição de conhecimentos sistemáticos, necessários á sobrevivência e á participação na sociedade. Nas últimas décadas, nossa sociedade passou por mudanças sócio-econômicas e também culturais que se refletiram diretamente nas relações familiares. Os pais de hoje trabalham mais e ficam menos com os filhos. Inclusive a mãe, que antes cuidava das crianças transmitindo valores, hoje sai para trabalhar. Todavia, esta situação nunca deveria interferir na prática participativa dos pais no processo da formação dos filhos, bem como em todas as atividades escolares, já que do seio da própria sociedade que saem as motivações necessárias para o trabalho educativo, e é dela que vem a clientela escolar. A escola vem enfrentando cada vez mais sérios problemas por parte de seus alunos, tais como: desinteressados, indisciplinados, revoltados e até mesmos violentos. “A educação dos filhos assume um caráter de maior permissividade junto aos pais, com as mudanças ocorridas na estrutura familiar, permitindo maior liberdade aos filhos, esquecendo que eles necessitam de A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 4 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas apoio e educação. Nesta dinâmica familiar, temos visto a crescente “crise de gerações”, a dificuldade no relacionamento pais/filhos, no estabelecimento de laços familiares.” (PRESTES, 2005. p.35). Considerar-se-á que o principal agente de formação da criança é a família. Porém que a crise que a família vem enfrentando por todas essas transformações que teve, alteraram profundamente a qualidade de vida da criança. A desestrutura familiar permeia a nossa sociedade o que influencia diretamente na formação primeira da criança, pais separados têm uma grande influência no desenvolvimento psicológico, emocional e afetivo das nossas crianças. Portanto a criança não é mecanismo que possa ser medido e avaliado através de uma fórmula simples ou um padrão. Ela também tem seus problemas, suas dificuldades, brigou com um colega, enfrenta problemas familiares, entre outros fatores que podem influenciar em seu desenvolvimento. Não é por que é criança que não tem sentimentos, conhecimentos das coisas do mundo, hoje as crianças, muitas vezes, têm muito mais conhecimentos que os adultos. Segundo LOBO (1999, p.87) “Para que a criança controle bem suas emoções é preciso que ela saiba traduzir em palavras o que está sentindo, que reconheça os seus sentimentos, o que tenha boa comunicação com os pais e boa relação afetiva”. Uma boa comunicação entre pais e filhos exige em primeiro lugar, traduzir o amor, respeito, confiança, atenção e atender as suas necessidades básicas. Com essa participação dos pais no processo de ensino-aprendizagem, ela ganha mais confiança, vendo que todos se interessam por ela, e também porque você passa a conhecer quais são as dificuldades e quais os conhecimentos que ela tem. Comunicar-se com os filhos é dar apoio, conhecer as suas dificuldades, verificar pelo que eles estão passando, estimulando suas potencialidades, dando liberdades e incentivo, e respeitando os sentimentos da criança. A família que propicia curiosidade em seus filhos, desde pequeno, valorizando suas atitudes e criando situações para que eles estabeleçam relações e desenvolvam o pensamento científico, em sua rotina, é uma família que sempre valoriza e respeita as atividades relacionadas á vida escolar de seus filhos. Por sua vez, a família que se preocupa somente com as notas dos filhos, valorizando apenas o produto final, ou demonstra, que por várias atitudes e decisões, que a busca de conhecimento não é prioridade no contexto familiar, mas sim, se ela passou e não teve notas vermelhas. É fundamental a qualidade do relacionamento existente entre a criança e a família, por isso crianças vítimas de maus tratos, ou que convivem com a instabilidade econômica, profissional e emocional dos pais, com o alcoolismo e a violência, terão, quase sempre, dificuldade para desenvolver um sentimento de identidade estável e satisfatório. Essas crianças acabam ficando com a auto-estima baixa e, por subestimarem suas capacidades, não conseguem resolver as tarefas propostas. A dificuldade e o fracasso em suas atividades provocam o abandono ou retraimento. OSÓRIO (1996, p.20), afirma que: Sabe-se que o A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 5 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas alimento afetivo é tão indispensável para a sobrevivência do ser humano quanto o são o oxigênio que respira ou a água e os nutrientes orgânicos que ingere. Sem o afeto ministrado pelos pais, o ser humano não desabrocha, permanece fechado. 3 - METODOLOGIA Nesta pesquisa foi utilizada a qualitativa do tipo estudo de caso. O instrumento utilizado foi questionário. Segundo POLITY (2001, p.53), os paradigmas das pesquisas qualitativas têm como ponto em comum a ênfase no termo subjetivo e intersubjetivo em lugar da pretensa objetividade e utilização de metodologias que buscam compreender e interpretar, em lugar de explicar. A seguinte pesquisa será do tipo estudo de caso, o que refere-se ao estudo descritivo de uma unidade, seja uma escola, um professor, um aluno ou uma sala de aula. A pesquisa se realizou num ambiente escolar, onde os sujeitos principais foram os pais dos alunos com objetivo de diagnosticar a importância que os mesmos atribuem na participação deles na escola, também foram os sujeitos da pesquisa professores, coordenador e alunos. O instrumento utilizado foi questionário para os 10 professores, 10 alunos e um coordenador que foi aplicado na escola e para os 10 pais realizando uma visita em casa e levado o questionário para responderem. A pesquisa foi realizada durante 40 horas, com duração de duas semanas, na Escola Municipal de Guamirim, Irati – Pr. Administrada pela Secretaria Municipal de Educação. 4 - DESENVOLVIMENTO A presente pesquisa como dito anteriormente desenvolveu-se na Escola Municipal de Guamirim – Ensino Fundamental e Educação Infantil. No que se refere aos questionários junto aos 10 professores, a primeira questão diz respeito à formação especifica dos mesmos, 10 % cursaram o magistério em nível de 2° Grau, 40% já concluiu o normal superior, 20% estão cursando o normal superior, 10% é licenciado em letras, 10% possui o curso de pedagogia concluído, 10% estão cursando pedagogia e 30% do quadro já concluiu curso de pós-graduação a nível de especialização na área de educação, 10% está em curso. Estes dados demonstram que os professores possuem formação inicial em nível de magistério de 2° Grau, mas esta formação ainda esta distante do que é preconizado na lei 9394/96 e nas políticas públicas que tratam da formação dos professores, isto é, de ter um quadro de professores do Ensino Fundamental com nível superior. Pois segundo DEMETERCO (2003, p.70) “A formação de um professor é continuada ao longo de nossa atividade docente. Entretanto, pouco se pensa sobre essa prática pedagógica.” Quanto ao tempo de trabalho os dados são bem diversificados. 10% têm 29 anos de trabalho, 20% 22 anos, 10% 6 anos, 10% 5 anos, 10% 4 anos, 30% 3 anos, 10% 2 anos. Estes A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 6 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas dados demonstram que têm professores que foram formados em épocas bem diferentes, o que leva a crer que vivenciaram momentos bem diferentes na educação do Brasil, como alunos e como profissionais. No questionário aos professores, quanto ao conhecimento da realidade sócioeconômico e cultural do aluno, 100% dos professores disseram que conhecem, mas 80% não especificaram quais aspectos conhecem. E entre os outros 20% dos professores, 10% responderam que a maioria pertence à classe média e média baixa, filhos de agricultores, com pouca formação escolar, 10% dizem, sim, que têm conhecimento da realidade sócioeconômico, mas dizem que são poucos os problemas que trazem, para sala de aula, consideram que os alunos são tímidos e não fazem comentários. 100% dos professores ao responderem que conhecem a realidade sócio-econômico e cultural do aluno, mas não explicaram qual é essa realidade. Se não comentam com clareza e precisão, dizer sim não expressa o conhecimento que possuem. Apenas 20% dos professores expressaram apontando causas sociais e o grau de escolarização dos pais. Foi argumentado se os pais participam no processo educativo e como? 30% dos professores disseram que sim, que os pais participam, desses, 30%, 10% descrevem que os pais participam das reuniões, 10% nas tarefas de casa, leituras, e que são poucos os que vêm até a escola, mas em casa oferecem subsídios e 10% relatam que sempre auxiliam seus filhos nas tarefas, através de diálogo com os mesmos no dia-a-dia demonstram interesse em saber como foi seu dia na escola. 70% dos professores comentaram que a participação dos pais na escola deixa muito a desejar, poucos estão presentes em tarefas e reuniões. De acordo com a visão dos educadores a participação dos pais no processo de aprendizagem de seus filhos como nos mostram os dados acima é fundamental esse apoio, é necessário ajudar na realização das tarefas, estar na escola, apoiar os professores e participar das reuniões que acontecem na escola. Mas não são 100% dessa participação, 70% dos professores e alunos sentem a falta de apoio e motivação neste sentido. Sem a colaboração dos pais é mais difícil diminuir o fracasso escolar. A hipótese é que crianças e jovens com dificuldade de aprendizagem podem ser beneficiados com uma intervenção familiar, que lhes possibilite sair da posição portadora do sintoma para a construção de uma nova relação com o saber. Pois, penso que seja qual for à etiologia da dificuldade de aprendizagem (neurológica, emocional, cognitiva ou genética), o grupo familiar é fator decisivo para a condução e/ou resolução da situação. (POLITY, 2001 p. 16). Na pergunta aos professores, se os pais têm influência no fato de seu filho ser bom ou mau aluno, 100% dos professores disseram que sim, os pais têm muita influência no fato de seus filhos serem bons ou maus estudantes. Desses 100%, 10% responderam que os pais têm A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 7 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas por obrigação auxiliá-los na vida escolar. Com o apoio dos pais sentem-se mais seguros na escola. 10% relataram que os pais influenciam na aprendizagem do aluno, pois o professor trabalha ao mesmo tempo com muitos alunos e não tem como atendê-los individualmente. O aluno que recebe auxílio em casa desenvolve-se melhor em seu ensino aprendizagem. 10% dos professores disseram que sim, pois tiveram experiências com três alunos com dificuldades de aprendizagem, chamei os pais dos mesmos, para um diálogo, mas apenas dois compareceram, relatei que os filhos apresentavam dificuldades na leitura. Daquele dia em diante em que os pais se comprometeram e se conscientizaram em acompanhar e ajudar seus filhos houve grande evolução na aprendizagem dos referidos alunos. Aqueles alunos que não obtiveram auxílio em casa não apresentaram bom desenvolvimento. 10% dizem que os pais devem dar suporte em casa e estimulá-los, mostrar interesse pelo futuro de seu filho. 40% dos professores descrevem que essa influência é muito grande no fato do aluno ser bom ou mau estudante, e com esse apoio dos pais, os alunos ficaram mais fortes e dedicados no estudo e em seu futuro. Os outros 20%, disseram apenas que sim, sem justificar. É essencial que as crianças recebam apoio dos pais, pois com suporte emocional desenvolvem base sólida e senso de competência que possibilitam a eles uma auto-estima satisfatória. Para dar apoio, os pais precisam examinar suas competências e seus conhecimentos. Muitas vezes em casa, os pais estão com muitos problemas de trabalho ou de outras coisas e não têm tempo para se dedicar aos folhos. Para POLITY (2001, p.25), fatores da vida psíquica da criança, que podem atrapalhar o bom desenvolvimento dos processos cognitivos, e sua relação com a aquisição de conhecimentos e com a família, na medida que as atitudes parentais influenciam sobremaneira a relação da criança com conhecimento. Foi relatado se os alunos trazem problemas familiares para sala de aula? Que tipo de problema? 60% dos professores responderam que não e 40% dos professores disseram que sim. Desses 40% que responderam sim 20% comentaram que os alunos vêm revoltados de casa, e trazem seqüelas de brigas, alcoolismo, fatos que levam as famílias ao desequilíbrio total e 20% dizem que devido a problemas econômicos, nem todos os educandos têm poder aquisitivo para comprar material escolar; passam por dificuldades financeiras, vêm para escola muitas vezes sem comer, dormir e mal agasalhados o que atrapalha significativamente o processo de ensino aprendizagem. Os dados apresentados mostram-nos que as dificuldades de aprendizagens referentes a nossos alunos refletem a realidade e condições sociais de vida sem a incorporação crítica da cultura e nem uma base econômica que a sustente. Na opinião dos professores, quais são os problemas que mais afetam o desempenho escolar do aluno? 90% dos professores apontaram para o fato de que os problemas que afetam o desempenho escolar dos alunos são a falta de participação, acompanhamento e incentivo dos pais em relação à vida escolar de seus filhos. O que se vê é que os pais deixam de cumprir algumas tarefas essenciais como: cuidados com a higiene, capricho nos materiais, educação e outras 10% responderam que o maior índice de dificuldade de aprendizagem e fracasso escolar encontram-se nas crianças carentes. Um dos problemas que afeta as crianças no desempenho escolar é a falta dos pais no A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 8 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas processo de aprendizagem, e não pela situação financeira, mas sim, o desinteresse, a falta de tempo por causa do trabalho, a falta de apoio, de carinho e amor, causam fracasso no processo educativo de seu filho, até mesmo desanima o aluno. No entanto, a escola muitas vezes não consegue resolver esses problemas por não dispor de profissionais competentes que atuem nas áreas que precisam ser trabalhadas junto ao aluno e a família, o que impede o bom desempenho das funções da escola. O que os professores devem fazer para melhorar a participação dos pais na escola? 40% dos professores dizem que devem continuar a organizar reuniões e palestras para os pais na escola, 10% dos mesmos descrevem que falta os pais se conscientizarem de que a educação também é de sua responsabilidade, e que não cabe somente à escola essa tarefa. Se essa conscientização ocorrer, a família e a escola caminharão na mesma direção e a educação terá mais qualidade. 10% propôs valorizar mais essa participação. 20% dos professores querem atrair os pais para escola, não só para criticar seu filho, dizer que faz isso, ou aquilo, mas para elogiá-lo, falar de coisas boas, fazer proposta e conquistá-los juntos, ou seja, pais e escola, pois a criança também tem várias qualidades que muitas vezes pais e professores desconhecem, ninguém vive só de erros. 20% dos professores dizem que a escola deve abrir as portas para os pais e valorizar a sua participação, mostrando que a escola precisa de cada um deles, para criar e educar cidadãos de bem. A escola e família têm os mesmos objetivos: oportunizar o desenvolvimento das crianças em todos os aspectos e a terem sucesso na aprendizagem. Essa parceria é muito importante, para diminuir os índices de evasão e de violência e melhorar o rendimento das turmas de forma significativa. Demonstrar isso às famílias é tarefa dos educadores. Para tanto, é preciso um trabalho de conquista. Só que é impossível haver aproximação dos pais na escola quando são marcados encontros para falar de problemas de aprendizagens ou mau comportamento de seu filho. Isso causa antipatia e repulsa aos pais. O bom relacionamento deve começar na matrícula e se estender a todos os momentos em que o aluno está na escola. Nos dados obtidos no que se refere à escolarização dos pais destacamos que, 69,2% dos pais não têm 2.º grau completo, observamos que eles não estudaram até a 8.ª série e outros apenas a 4.ª série. Segundo os pais que não têm a escolaridade completa dizem que devido ao trabalho na roça e que a distância da casa até a escola era muito longe, como antes não havia ônibus escolar para levá-los à escola, eles não tinham como ir, e para continuar estudar era só na cidade, porque no interior tinha apenas até a 8.ª série, não havia 2.º Grau. Hoje está tudo mais fácil, tem ônibus que passa na porta da casa do aluno leva-o até a escola, e traz de volta. Nas famílias com maior grau de escolaridade é, muitas vezes, a escola, que espera erroneamente que a criança não seja bem sucedida, com o discurso da carência retirando assim, a responsabilidade que a escola tem em prover o conhecimento no aluno. Estas expectativas construídas sobre preconceitos costumam gerar um quadro paralisador que afeta o desempenho escolar do sujeito. Quanto ao número de pessoas na família, 10% possuem nove pessoas em casa, 10% convivem com oito pessoas na família, 20% moram com sete pessoas, 10% vivem a cinco A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 9 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas pessoas em casa, 20% convivem com quatro pessoas na casa, 30% moram com três pessoas. A estrutura familiar hoje se apresenta de forma diferente do que estamos acostumados a ver e conviver. O conceito de família vem sendo modificado ao longo do tempo, em inúmeras discussões teóricas e estudos em torno do tema, o que demonstra a dificuldade em se determinar exatamente o que é família. Neste conceito pensamos logo no nosso grupo familiar, comumente formado por pai, mãe e filhos, todos morando na mesma casa. Mas nem sempre foi assim. Mesmo hoje não seria prudente pensar apenas nessa estrutura familiar, uma vez que próprio Censo 2000 mostra novos arranjos desse grupo social que se convencionou chamar de família.. Dessa forma, o número de famílias compostas apenas por mãe e filhos, ou pais e filhos, avós e netos, ou mesmo pessoas vivendo sozinhas, podem também ser vistas como uma família. (DEMETERCO, 2003, p.22). Foram questionados quantos trabalhavam fora e quem? 50% dos pais responderam que apenas o pai trabalha fora, desses 50%, 20% trabalha na lavoura, 20% é diaristas (trabalha por dia) e 10% é supervisor de máquinas, em 40%, trabalha a mãe e o pai fora, desses 40%, 10% a mãe trabalha em comércio particular (mercado) e o pai em banco, 10% a mãe e o pai trabalham na lavoura, 10% a mãe trabalha como doméstica e o pai de pedreiro e 10% o pai trabalha no seu comercio (farmácia) e a mãe é professora. E 10%, é o pai e a tia na lavoura a mãe em comercio particular (lanchonete). Como é o relacionamento familiar dos pais com os filhos? 100% dizem que é muito bom, desses 100%, 10% questionam-se que é bom, mas de vez em quando acontecem umas brigas, 10% articulam que é bom, mas os filhos ficam fora de casa só chegam à noite e os pais não têm tempo para conversar com eles. 10% que é muito bom, conversamos muito com nossos filhos. 40% dizem apenas que é bom, 20% que é ótimo, 10% é muito bom, somos muito dedicados para nossa filha. Mesmos os pais dizendo que o relacionamento é muito bom os dados mostram que os pais não têm muito diálogo com os filhos, para eles o bom relacionamento é aquele que o filho chega em casa o pai está trabalhando fora para pode dar o conforto que pode, a mãe está em casa, cuidando das roupas, comida, sem deixar faltar nada. Mas o amor, carinho, atenção, em muitas famílias são deixados de lado. Sobre estas questões, manifesta (PRESTES, 2005 p.39). Essa preocupação com a educação instala-se no seio da sociedade. Com as mudanças sócio–político-culturais ocorridas durante o século XX, as pessoas foram aprendendo a respeitar, a dar lugar, a dar voz às crianças, mas essa atitude não foi sempre vigente nas relações educativas. Em muitos casos, surgiram problemas em relação a essa nova forma de relacionamento familiar. Alguns têm dificuldades em colocar em prática essa outra forma de educar as crianças. Os pais precisam ter certeza de que educar é importante. Acreditar que colocar limites, apresentar valores, despertar desejos nos filhos é iniciar o processo de compreensão do mundo e convivência com o outro. Os pais precisam aprender a compreender que as crianças só respeitarão seus semelhantes se aprenderem quais são seus limites e entenderem o mundo e o outro. Foi perguntado se seu filho estava indo bem à escola obteve-se as seguintes respostas: A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 10 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas 80% dos pais responderam que sim, que estavam indo bem nos estudos, desses 80%, 10% descrevem que sim, sempre estamos perguntando e ajudando nas tarefas, 10% acham que sim, até agora nenhum professor me chamou na escola, e 10% relatam que vai muito bem. Os outros 20% dos pais, 10% dizem que o filho não vai bem na escola, que o filho tem dificuldade de aprendizagem, 10% dos pais relatam que têm trabalhos filhos na escola, dois estão indo bem e o outro não, é muito desatento. Nesta pergunta 50% dos pais ficaram em dúvidas ao responderem se o filho estava ou não indo bem na escola. Os pais ainda têm o pensamento fechado, achando que seu filho vai bem na escola, os pais não têm a iniciativa para ir até a escola ver como seu filho está se desenvolvendo e se está participando das atividades escolares. Quanto à idade dos alunos, da pesquisa feita da 1ª à 4ª série, estão na faixa etária de 7 anos a 13 anos, 10% tem 13 anos, 10% com 12 anos, 10% com 9 anos, 50% com 8 anos, 20% com 7 anos. Os alunos pesquisados estão assim distribuídos de acordo com a série, 10% está na 4ª série, 40% está na 3ª série, 40% está na 2ª série e 10% está na 1ª série. Houve a preocupação em verificar se os alunos já tinham reprovado. Foi constatado através de documentos que 30% dos alunos já tinham reprovado, 10% responderam que esse era o quinto ano de reprovação, 10% descreveu-se ser o terceiro ano, 10% disseram que era o primeiro ano que reprovou, e 70% responderam que não. Em relação ao diálogo dos alunos com os pais, com quem eles conversam mais em casa? 40% dizem conversar com a mãe, 30% falam que conversam com os dois, 10% diz com o pai, mãe e irmãos, 10% tem um diálogo mais com a avó, 10% relatam conversar com os irmãos. A maioria conversa com a mãe, com irmãos, avós, mas são poucos o que dizem conversar com a família, a relação paternidade parece pouca nesses dados, O pai está trabalhando fora, muitas vezes só vem para casa os finais de semana ou uma vez por mês e quando está em casa não tem tempo para dar atenção a seu filho. Segundo (PRESTES 2005, p.39) “A função materna é entendida como aquela que provê o bebê com segurança, confiabilidade e proteção. Inclui também a construção da rotina cotidiana de cada bebê. A função paterna destaca-se por cumprir um papel de corte, de inscrição dos limites. Ou ainda, a ‘consciência moral’ de cada sujeito, permitindo, deste modo, uma convivência social harmoniosa, produtiva e saudável.“ A família tem que resgatar o diálogo com os filhos, muitas vezes a televisão é um dos grandes obstáculos para o diálogo. Famílias inteiras passam horas frente à televisão quase sem conversar sobre diversos assuntos e menos ainda sobre as atividades desenvolvidas na escola pelos seus filhos. Foi perguntado se os alunos estavam indos bem na escola? 60% argumentam que sim, 10% contaram ser bom, 20% dizem que muito pouco, 10% informaram que não estavam indo bem na escola. Dos 100% entrevistados? 40% tiveram dúvidas e inseguranças ao responderem se estavam ou não indo bem na escola, e 60% mostrou-se muito seguros ao responder que sim, apoiados pela sua família e com muito interesse em aprender. Analisando a questão sobre a preferência dos alunos para permanência na escola ou em casa, 100% revela que preferem estar na escola, desses, 50% dos alunos preferem ficar na A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 11 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas escola por que é melhor do que estar em casa, 10% diz gostar de ficar na escola porque aprende mais coisas e em casa os pais brigam muito, 10% relataram que a escola tem amigos para conversar, em casa só a irmã pequena, 10% escolheram a escola por que em casa não dá para fazer nada; 20% dos alunos disseram que é na escola, mas não justificaram o porquê. De acordo com os dados, constata-se que eles preferem ficar mais na escola, do que em casa. Na escola, estão os amigos para conversar e brincar, até mesmos contar os seus segredos, receber o carinho, atenção de sua professora, aprender algo, etc. Quando estão com dificuldades de aprendizagem, é a professora que batalha para conseguir ajudá-los na aprendizagem. Com efeito. Cumpre aos pais assegurar a si mesmos e aos filhos desenvolvimento pleno físico, emocional, mental, social e espiritual. Conhecer a interdependência desses vários planos: o estudo por exemplo, depende muito da afetividade, do estímulo recebido em casa, e não apenas da aptidão para compreender. È preciso também saber levar os filhos a integrar os valores positivos do trabalho, da televisão, das leituras, dos companheiros. Criar ambiente-crescimento no lar, de modo a permitir o desenvolvimento pleno do grupo, e de cada pessoa dentro do grupo, na direção exigida pela destinação eterna e no ritmo exigido pela aceleração da história. (SCHMIDT, 1973, p. 11-12). Quando perguntei o que os alunos fazem em casa obtive as seguintes respostas: Dos 100% entrevistados, 70% descrevem que em casa brincam e assistem TV, desses 70%, 30% brincam com os amigos e assistem TV; 20% brincam com os irmãos; 20% dos alunos em casa brincam, assistem TV e estudam e os outros 30% dos alunos dizem que trabalham em casa, desses 30% sendo que, 10% trabalham com o pai/ 10% ajudam a mãe cuidar do irmão pequeno e estudam, 10% dizem que trabalham mas não justificaram. Segundo (ROGERS, 1970, p.23) “Os seres humanos têm necessidade instintiva de viver em grupo. É disso que a criança precisa, através do relacionamento dos amigos, adquiri o verdadeiro valor das coisas.” Nestes dados obtidos, verifiquei que a maior parte dos alunos ficam em casa em frente à TV, ou brincando com os amigos, a criança, fica maior parte do tempo em grupo de amigos, quando ela chega em casa ela tem que se ocupar com alguma coisa, pois se os pais não derem atenção a ela, a criança vai sair até achar alguém que ela possa conversar. E muitas vezes encontram na rua, amigos que não são boas companhias, usuários de drogas, alcoolismo, pois a criança aprende o tempo todo com tudo e todos ao seu redor. Foi perguntado para os alunos sobre a participação dos pais na escola? 90% disseram que é muito importante, e 10% responderam que não. 90% dos alunos relataram que é muito importante essa participação dos pais na escola, pois através disso, os pais ficam sabendo o A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 12 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas que está se passando na sala de aula e na vida escolar de seu filho, e através disso os alunos ficam mais apoiados e seguros. Os 10% dos alunos que responderam, não é importante, justificaram dizendo, “só vem brigar com agente na frente dos amigos.” Os alunos esperam dos pais, mais confiança, dedicação e tempo para eles, tempo de ir até a escola, nas reuniões perguntar como está sendo a realização do trabalho na escola com seus filhos, e mais ainda apoio e orientação para enfrentar as mudanças da sociedade, e evitando a violência, os vícios e os crimes. Para PRESTES (2005, p.37), a família e a escola, por serem as primeiras unidades de contato contínuo, são também os primeiros contextos nos quais se desenvolvem padrões de socialização e problemas sociais. É fácil perceber que o cabo destes dois alicerces interfere diretamente na estrutura pessoal de um indivíduo, principalmente, quando esse está em formação. No questionário feito com a coordenadora, sobre ao tempo de trabalho na escola, ela informa que foram 30 anos de serviço. Foi argumentado sobre como estava sendo trabalhado a APMF? Segundo a coordenadora é ativa e participativa. Nas dificuldades apresentadas pelos pais em relação à educação dos filhos, respondeu que não há nenhum problema; E o que a escola tem feito com relação à participação dos pais na escola? Ela tem feito projetos, palestras, reuniões. Muitas escolas têm problemas com alunos que reagem mal com a professora ou com os colegas, não querem ir à escola, até mesmo com os pais que não estão satisfeitos com o trabalho que é realizado na escola, é difícil encontrar escola que é um paraíso, atualmente. Há muitas escolas que faz uma reunião, a cada bimestre ou até mesmo uma vez por ano, e na construção do projeto pedagógico, muitas elaboram e transformam-no em mero documento escrito para o cumprimento da legislação, e na maioria das vezes só é elaborado pela direção ou equipe pedagógica sem a participação dos professores. Mas é preciso que inicie um processo de planejamento, com envolvimento de professores, pais, alunos, funcionários e membros da comunidade. Com o domínio da equipe pedagógica em que todos estudam, analisam as dificuldades encontradas no processo escolar. 5 - CONCLUSÃO Após ter feitas as leituras e coleta de dados junto aos alunos, professores e coordenação, concluí que os professores e alunos estão sem apoio dos pais, em educação dos alunos, mandando para escola que é ela que tem responsabilidade de ensinar e educar, hoje nós temos muitas famílias que não tem ponto para os filhos, vem sendo o trabalho do dia-adia, acarretando cada vez mais, deixando de lado a família. Percebemos as dificuldades encontradas pelos professores das séries iniciais, para atender às necessidades individuais de seus alunos, pois geralmente lecionam em classes numerosas formada por alunos que estão ingressando pela primeira vez na escola. Questionam que os problemas que mais afetam os alunos são a falta de apoio dos pais, a falta de atenção e a falta da participação dos mesmos no processo educativo, e não o caso de ser pobre economicamente ou não, mas sim a falta de tempo para os filhos. Os professores das séries iniciais reconhecem a impotência da participação dos pais na A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 13 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas vida escolar dos filhos, principalmente, quando os mesmos auxiliam seus filhos nas tarefas escolares, são zelosos com os materiais escolares, preocupam-se com a situação escolar e emocional de seus filhos. Quando os pais são participativos nas atividades realizadas pela escola o aluno se desenvolve com maior facilidade, quando surge uma dificuldade pais e professores dialogam buscando resolver juntos o problema, deixando de lado as acusações feitas “quando as notas altas deixam a desejar, e começa o jogo de empurra, professores acusam os pais e os pais acusam os professores”, e assim surgem as transferências de responsabilidade, fazendo cada um a sua parte. A escola precisa abrir as portas para essa participação dos pais, trazendo-os à escola com as atividades diversificadas e do interesse deles. Constatamos na pesquisa que os pais participam na escola só quando tem reuniões para falar de notas ou de problemas, se a professora não convocá-los os pais à escola por que tudo vai bem, sendo assim os pais não se preocupam de ir até a escola para saber como está indo o desenvolvimento do seu filho. O Projeto Pedagógico que é tão valorizado está deixado para trás. A escola pode organizar festas, palestras, mas desenvolver o projeto onde os pais possam contribuir e participar, chamar os pais na escola para elogiar o desempenho de seus filhos na aprendizagem, pode ser uma meta para trazê-los à vida escolar de seus alunos. A escola precisa parar de culpar os pais e os pais parar de culpar a escola pelo fracasso escolar. No entanto devem unir-se e juntos buscar solução para o fracasso educacional. 6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CUBERO, Rosário. Relações sociais nos anos escolares: família, escola, companheiros. In; COLL, César. Desenvolvimento psicológico e educação. V. 1. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. DEMETERCO, Solange Menezes da Silva. Sociologia da Educação. – Curitiba: IESDE, 2003. GARRISON, K. C; BERNARDO, H. W; KINGSTON, A. J; Psicologia da criança. 3ª Ed. São Paulo: IBRASA, 1979. LOBO, Luiz. O seqüestro das emoções: como desenvolver os sentimentos da criança e educar seu filho para controlar as emoções e ser feliz. Rio de Janeiro: Lacerda Editores, 1999. MACEDO, R. M. A família diante das dificuldades escolares dos filhos. Petrópolis: Vozes, 1994. A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 14 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas MIRANDA, S. de. Oficina de dinâmica de grupos para empresas, escolas e grupos comunitários. Campinas: Papirus, 1996. NADAL, Beatriz Gomes. A dinâmica do ensino-aprendizagem na sala de aula. Mariná H. Ribas. Ponta Grossa: UEPG/CEFORTEC.2005. OSÓRIO, L. C. Família hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. PAOLA GENTILE, de Aracaju, Belo horizonte e Colorado. Escola e Família, todos aprende, com essa parceria, Revista Nova Escola, 2006. POLITY, Elizabeth. Dificuldade de aprendizagem e família: construindo novas narrativas. 1ª. Edição. São Paulo: Vetor,2001. SCHIMIDT. Maria Junqueira. Também os pais vão à escola. 4ª ed. Ver. E atual. Rio de Janeiro, Agir, 1973. ROGERS, Carl. Tornar-se pessoa. Lisboa: Moraes, 1970. PRESTES, Irene Carmem Piconi. Psicologia da educação - Curitiba: IESDE, 2005. ZAGURY, Tania. Escola sem conflito: Parceria com os pais. Rio de Janeiro: Record,2002. 7 - ANEXOS Para coleta de informações foram utilizados os seguintes instrumentos: A- Entrevista com os professores, alunos e pais. Questionário com os alunos: A- Qual é seu nome? B- Qual é sua idade? C- Que série você estuda? D- Você já reprovou algum ano? E- Em casa com quem você conversa mais? F- Você vai bem na Escola? G- Onde você gosta de ficar mais na escola ou na casa? Por quê? H- O que você faz em casa? I- O que você acha da participação dos pais na escola? Questionário: com a supervisora A- Há quanto tempo trabalha na Escola? A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A. 15 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Humanas B- Como trabalha a APMF? C- Quais as dificuldades apresentadas pelos pais em relação à educação dos filhos? D- O que as escolas têm feito com a relação à participação dos pais na escola? Questionário / professora: A- Qual é a sua formação específica? B- Há quanto tempo trabalha nessa escola/? C- Conhece a realidade sócio-econômico e cultural e cultural de seus alunos? D- Os pais participam no processo educativo? Como? E- Os pais têm influência no fato de seu filho de ser bom ou mau estudante? F- Seus alunos têm trazido problemas familiares para sala de aula? Qual tipo de problemas? G- Em sua opinião, quais os problemas que mais afetam o desempenho escolar de seus alunos? H- O que você acha que deve ser feito para melhorar a participação dos pais na escola e a sua contribuição no processo educativo? Questionário / pais: Nome: Profissão: Nome do aluno: A- Grau de escolaridade dos pais; B- O número de pessoas na família; C- Quantos trabalham fora e quem? D- Como é seu relacionamento familiar? E- Seu filho vai bem na escola? F- Costuma participar das reuniões na escola? De quanto em quanto tempo? A participação dos pais na escola influencia para uma melhor aprendizagem FUSVERKI,E.V.;PABIS,N.A.

domingo, 25 de setembro de 2011

Escola: Aventura do Conhecimento!

Caro aluno, cara aluna:
Entramos no quarto bimestre avaliativo. Publicamos o texto abaixo por entendermos que sem a devida atenção e realização de cada item não haverá aprendizagem e muito menos aprovação.
As informações abaixo, não são normas da escola. São dicas úteis para quem quer ter um bom aproveitamento na escola. Podemos resumí-las na seguinte palavra: DISCIPLINA!

O grande Renato Russo, líder da banda "Legião Urbana" cantou: "disciplina é liberdade". Portanto, amigo, amiga. Não despreze as informações contidas nesse texto. Reforçando sua conclusão: Você será aprovado pelos pontos que conquistar com esforço, determinação e disciplina.

QUARTO BIMESTRE

ESCOLA MUNICIPAL DO BAIRRO JARDIM DAS ROSAS
CARTA ABERTA AOS PAIS E/OU RESPONSÁVEL

Entramos no QUARTO BIMESTRE. Etapa avaliativa final. No período de 03 de outubro a 16 de dezembro serão distribuídos em cada disciplina curricular 30 pontos. É um bimestre muito importante porque nele se decide a aprovação do aluno.
Nos bimestres passados o aluno tinha a obrigação de alcançar pelo menos 42 pontos. Observe se o seu filho alcançou essa meta, caso contrário, o momento é agora, esse bimestre precisa ser impecável!
No intuito de propiciar uma real aprendizagem de seu filho e sua conseqüente aprovação não recomendamos a utilização de cadernos de dez matérias e muito menos o fichário. O adequado é o CADERNO UNIVERSITÁRIO, CAPA FLEXÍVEL, FORMATO 200X275 mm, 96 FOLHAS, 01 MATÉRIA, ESPIRAL.
A Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas faz o acompanhamento e monitoramento dos cadernos dos alunos e ao longo do ano emitiu vários bilhetes informativos sobre a pedagogia adotada. Nessa etapa final espera fechar com “chave de ouro” o ano letivo com altos índices de aprovação dos seus alunos. Oxalá fosse com 100 por cento de aprovação.
Contamos com sua presença na próxima reunião de entrega do boletim escolar onde poderemos avaliar a situação atual do seu filho e as estratégias a ser tomadas no quarto bimestre.
Ibirité, 26 de setembro de 2011.
A Direção, Equipe Pedagógica e Docente.

domingo, 11 de setembro de 2011

Ficha de Acompanhamento do Bimestre para o aluno


Através dessa ficha a orientação educacional disponibiliza aos alunos informações para que eles possam acompanhar o seu desenvolvimento escolar. A cada bimestre eles recebem uma folha como essa com a orientação de colar imediatamente no caderno de Língua Portuguesa ou de Matemática.

Após a divulgação dos boletins escolares para os pais, o orientador educacional chama aluno por aluno em sua sala e informa suas notas para que possam anotar nessa folha.

Semana de Provas Bimestrais do Terceiro Bimestre

ESCOLA MUNICIPAL DO BAIRRO JARDIM DAS ROSAS www.escolabjr.blogspot.com

COMUNICADO AOS PAIS E/OU RESPONSÁVEL – 12/09/2011.

Nos dias 19 a 23 de setembro de 2011 será a semana de provas bimestrais fechando as atividades avaliativas do terceiro bimestre, são as provas mais importantes e de maior nota.
Para que seu filho tenha um excelente rendimento, é fundamental que se prepare bem! Estabeleça um horário para o estudo e providencie um local tranquilo longe de estímulos externos tais como televisão, rádio ou barulho. Ele precisa ler a matéria do caderno, refazer os exercícios e a revisão que o professor passar, memorizando assim, o conteúdo trabalhado ao longo do bimestre por disciplina curricular para poder responder corretamente as questões de cada prova.
Aproveitamos a oportunidade para lembrar que a escola não recomenda a utilização de cadernos de dez matérias e muito menos o fichário. O caderno adequado para o aluno dos anos finais do ensino fundamental (do sexto ao nono ano) é o CADERNO UNIVERSITÁRIO, CAPA FLEXÍVEL, FORMATO 200X275 mm, 96 FOLHAS, 01 MATÉRIA, ESPIRAL.
O responsável deve acompanhar esse caderno verificando se o filho está fazendo as atividades em sala e os deveres de casa. A escola faz o monitoramento e o acompanhamento dos cadernos através de vistos do professor ou o do orientador educacional. Fique atento às marcas feitas e aos bilhetes enviados e entre em contato com a escola imediatamente caso verifique alguma irregularidade.
A direção, equipe pedagógica e docente.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

RESULTADO DO SEGUNDO BIMESTRE: MÉDIAS ALCANÇADAS

ESCOLA MUNICIPAL DO BAIRRO JARDIM DAS ROSAS
PORCETAGEM DE MÉDIAS ALCANÇADAS POR DISCIPLINA
NO SEGUNDO BIMESTRE

PARABÉNS A TODOS OS ALUNOS E PROFESSORES PELO BOM DESEMPENHO!
VAMOS TER UM RENDIMENTO MELHOR AINDA NO TERCEIRO BIMESTRE!
601
Língua Portuguesa: 65%
Matemática: 75%
História: 33%
Geografia: 71%
Ciências: 54%
Inglês: 54%
Educação Física: 100%

602
Língua Portuguesa: 85%
Matemática: 57%
História: 72%
Geografia: 75%
Ciências: 71%
Inglês: 66%
Educação Física: 99%
Ensino Religioso: 98%






603
Língua Portuguesa: 72%
Matemática: 85%
História: 60%
Geografia: 72%
Ciências: 99%
Inglês: 72%
Educação Física: 99%
Ensino Religioso: 98%

701
Língua Portuguesa: 35%
Matemática: 25%
História: 35%
Geografia: 50%
Ciências: 55%
Inglês: 40%
Ensino Religioso: 80%

702
Língua Portuguesa: 90%
Matemática: 90%
História: 75%
Geografia: 90%
Ciências: 90%
Inglês: 90%
Educação Física: 86%
Ensino Religioso: 86%


801
Língua Portuguesa: 66%
Matemática: 96%
História: 70%
Geografia: 92%
Ciências: 60%
Inglês: 70%
Educação Física: 100%
Ensino Religioso: 100%

802
Língua Portuguesa: 65%
Matemática: 74%
História: 70%
Geografia: 68%
Ciências: 88%
Inglês: 54%
Educação Física: 100%
Ensino Religioso: 88%


901
Língua Portuguesa: 94%
Matemática: 82%
História: 68%
Geografia: 97%
Ciências: 84%
Inglês: 94%
Educação Física: 91%
Ensino Religioso: 94%
902
Língua Portuguesa: 79%
Matemática: 75%
História: 82%
Geografia: 95%
Ciências: 95%
Inglês: 72%
Educação Física: 97%
Ensino Religioso: 91%

903
Língua Portuguesa: 86%
Matemática: 72%
História: 47%
Geografia: 93%
Ciências: 75%
Inglês: 75%
Educação Física: 86%
Ensino Religioso: 100%

904
Língua Portuguesa: 83%
Matemática: 50%
História: 65%
Geografia: 83%
Ciências: 97%
Inglês: 72%
Educação Física: 83%
Ensino Religioso: 97%

FORMATURA 2011

FORMATURA 2012

Formatura 2013

Nono ano 2014

Localização

Custa Estudar?

Objetivo do blog

Divulgar para a comunidade escolar como funciona a escola.

Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas

Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas

Ler e escrever!

A função primordial de uma ESCOLA é ensinar o aluno a LER e a ESCREVER. Quando ele aprende a LER e a ESCREVER, deve então LER e ESCREVER! Transformando - se assim num CIDADÃO. Capaz de LER o mundo que o cerca e de ESCREVER sua própria história.



Esse blog é uma ferramenta onde os alunos e toda a comunidade da Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas possam fazer uso da LEITURA e da ESCRITA tendo como assunto principal a si próprios como SUJEITOS DO CONHECIMENTO que são.







Escola e Democracia

Dermeval Saviani em sua obra: Escola e Democracia – polêmicas do nosso tempo diz:

Uma pedagogia articulada com os interesses populares valorizará, pois, a escola; não será indiferente ao que ocorre em seu interior, estará empenhada em que a escola funcione bem; portanto, estará interessada em métodos de ensino eficazes. Tais métodos se situarão para além dos métodos tradicionais e novos, superando por incorporação as contribuições de uns e de outros. Portanto, serão métodos que estimularão a atividade e iniciativa dos alunos sem abrir mão, porém, da iniciativa do professor; favorecerão o diálogo dos alunos entre si e com o professor mas sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura acumulada historicamente; levarão em conta os interesses dos alunos, os ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico mas sem perder de vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do processo de transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos.

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