quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Provas bimestrais do quarto bimestre

ESCOLA MUNICIPAL DO BAIRRO JARDIM DAS ROSAS
ENSINO FUNDAMENTAL II (SEXTO AO NONO ANO)
COMUNICADO AOS PAIS E/OU RESPONSÁVEL - Ibirité, 18 de novembro de 2011.


      Chegamos à reta final do ano letivo de 2011. Aproxima-se a última semana de avaliações bimestrais que ocorrerão no período de:

28 de novembro de 2011 a 02 de dezembro de 2011


       Para que seu (sua) filho (a) tenha êxito nessas avaliações é fundamental que estude! Reserve para ele (ela) uma hora, todos os dias, para fazer os deveres de casa e revisar a matéria do bimestre.

       Para acertar as questões propostas na prova é necessário memorizar o conteúdo que foi ensinado. A memorização é obtida lendo e relendo a matéria copiada no caderno ou nos capítulos do livro indicado pelo professor e refazendo os exercícios realizados. É preciso fazer tantas vezes quantas forem necessárias para dominar bem o conteúdo.

      A aprovação no final do ano é conseqüência da aprendizagem. Ser aprovado é obrigação do aluno, basta que o mesmo tenha empenho, dedicação e disciplina.

     A família pode ajudar muito nesse processo acompanhando os cadernos, verificando a realização das atividades em sala e os deveres de casa. Por gentileza, fiquem atentos às marcas feitas pela escola através dos vistos do professor ou o do orientador educacional. Através desses sinais se percebe o desenvolvimento escolar.

    Sabemos que a vida é corrida e há pouco tempo disponível, mas, por favor, não deixe de entrar em contato conosco, somos parceiros na função de educar. Achando um tempinho compareça à escola, não pôde vir... Telefone (3533-6368) ou mande-nos um bilhete, fique atento aos nossos.

   Temos um objetivo em comum: o desenvolvimento intelectual, moral e social da criança ou do adolescente, seu rebento e maior tesouro de sua vida, nosso aluno.

A direção, equipe pedagógica e docente.

Planejamento Educacional

Planejamento Educacional
“1. Até aqui, mostrávamos como se deve ensinar e aprender mais rapidamente as ciências, as artes e as línguas. A propósito destas coisas, vem-me à mente, e com razão, aquele dito de Sêneca (da Carta 89): «não devemos aprender estas coisas agora, mas devíamos tê-las aprendido» [1]. Sem dúvida, pois não são senão propedêuticas para coisas mais importantes; e, como ele diz: «os nossos trabalhos são rudimentos, e não obras acabadas». Quais são então as obras acabadas? O estudo da sabedoria que nos torne sublimes, fortes e magnânimos, ou seja, aquilo que, até aqui, indicávamos com o nome de moral e de piedade, pois, por meio delas, nos elevamos verdadeiramente acima das outras criaturas e nos aproximamos mais de Deus.”
(DidáticaMagna, Comenius)

A função do planejamento educacional é saber conduzir o ano letivo, coordenar o dia a dia, garantir a execução das grandes metas.
O Planejamento educacional se liga a Objetivos, Prioridades e Estratégias.

Definir Objetivos e Implantá-los
Formalizar um plano anual de trabalho é o primeiro passo.

1º. Diagnóstico
• Analisar intenções e ações desenvolvidas pela escola: preciso, baseado em informações seguras, para identificar problemas e soluções.
2º. Ação
• Nenhuma experiência consegue ser bem sucedida sem muitas reuniões para estabelecer consensos relativos ao uso e manutenção do espaço, do tempo, dos recursos financeiros e didáticos, além de discutir como implementar a interdisciplinaridade, a contextualização e a organização dos conteúdos.
3º. Entrosamento
• É necessário que professores, direção, coordenação, funcionários, pais e alunos comunguem na efetivação do trabalho pedagógico.
• A principal função do planejamento é construir, desestruturar e reconstruir o Projeto Político-Pedagógico da escola.
4º. Questões para o planejamento
• Como inserir novas situações da realidade do estudante nos objetivos da escola e no processo de ensino e aprendizagem?
• Quais as melhores metodologias, procedimentos e instrumentos de ensino e avaliação?
• As respostas precisam levantar como norte a realidade sócio-cultural do público escolar.
5º. Reuniões
• As discussões entre os membros da equipe ajudam a selecionar conteúdos, fugir da repetição e da rotina, integrar as diversas experiências de aprendizagem, evitar improvisações sem nexo e garantir segurança contra os constantes imprevistos da classe.
• Para cada disciplina, definir objetivos, competências que o aluno precisa desenvolver. Estabelecer metas com conteúdos mais significativos e procedimentos adequados. Procurar os recursos mais adequados e que serão utilizados na avaliação. É importante fazer o registro daquilo que o aluno a turma conseguiram desenvolver.

Resumo
A Proposta Pedagógica da escola, seu planejamento educacional, é o caminho para definir objetivos e meios para atingi-los.
• Que aluno a escola tem? Que aluno deseja formar? Qual a metodologia de trabalho mais adequada? Quais serão as formas de avaliação?
• Avaliar quais são os principais problemas e o que é possível fazer para resolvê-los?
• Propor ações que dêem respostas às necessidades e aos anseios da comunidade escolar, definindo o perfil, o jeito e a marca da escola.
• Um trabalho capaz de atender às exigências de todos, respeitando, obviamente, as responsabilidades de cada um.













CONTÉUDOS


• Conteúdo Atitudinal

1. VALORES: solidariedade, o respeito ao outro, a responsabilidade, a liberdade...
2. ATITUDES: cooperar com o grupo, ajudar os colegas, respeitar o meio ambiente, participar das tarefas escolares...
3. NORMAS: forma pactuada de realizar certos valores compartilhados por uma coletividade e indicam o que pode fazer e o que não pode se fazer no grupo.



CONSIDERA-SE QUE UM INDIVÍDUO APRENDEU:

1. UM VALOR: quando este foi interiorizado e foram elaborados critérios para tomar posição frente àquilo que deve ser considerado positivo ou negativo, critérios morais que regem a atuação e a avaliação de si mesmo e dos outros.

2. UMA ATITUDE: quando uma pessoa pensa, sente e atua de uma forma mais ou menos constante frente ao objeto concreto a quem dirige essa atitude.
a) Varia desde disposições basicamente intuitivas, com certo grau de automatismo e escassa reflexão das razões que a justificam, até atitudes fortemente reflexivas, fruto de uma clara consciência dos valores que as regem.

3. UMA NORMA; nos níveis:
a) Aceitação, embora não se entenda a necessidade de cumpri-la (além da necessidade de evitar uma sanção).
b) Conformidade, reflexão sobre o que significa a norma e que pode ser voluntária ou forçada.
c) Interiorização, quando se aceita como regras básicas de funcionamento da coletividade que o regem.




• Conteúdo Procedimental

Regras, técnicas, métodos, habilidades, estratégias, procedimentos. É um conjunto de ações ordenadas e com um objetivo definido. Ler, desenhar, observar, calcular, classificar, traduzir, recortar, saltar, inferir, espetar... Implica
a) Aprende-se a falar...falando; a caminhar...caminhando; a desenhar...desenhando; ...
b) É preciso fazê-lo tantas vezes quantas forem necessárias até que seja suficiente para chegar a dominá-lo.
c) Refletir sobre a própria atividade, tomando consciência da ação, não basta repetir um exercício a exaustão. Para poder melhorá-lo devemos ser capazes de refletir sobre a maneira de realizá-lo e quais são as condições ideais de seu uso.
d) Aplicações em contextos diferenciados, o aprendido usado em condições e situações nem sempre previsíveis. O que obriga as exercitações serem realizadas em contextos diferentes para que as aprendizagens possam ser utilizadas em qualquer ocasião.

• Conteúdo Conceitual

Os conceitos são o conjunto de fatos, objetos ou símbolos que tem características comuns. Envolvem também os princípios que se produzem num fato, objeto ou situação, descrevem relações de causa-efeito ou de correlação entre eles. São termos abstratos.
Texto trabalhado pelo Pedagogo Breno José de Araújo nas escolas públicas onde atua, servindo como referencial teórico para embasar sua prática profissional.
Referências Bibliográficas:
1-Revista Nova Escola – Editora Abril, edições do mês de dezembro dos seguintes anos: 2000, 2001 e 2002.
2-Didactica Magna (1621-1657) Iohannis Amos Comenius (1592-1670)
Versão para eBookeBooksBrasil.com Fonte Digital Digitalização de Didáctica Magna Introdução, Tradução e Notas de JOAQUIM FERREIRA GOMES Copyright: © 2001 FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN
3- ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda., 1998.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A influência da família no rendimento escolar - para refletir

EDUCAÇÃO
A Influência da família no rendimento escolar do indivíduo
Analídia Lopes e Leonardo Vivaldo
publicado em 15/11/2007
Analídia Lopes[1]
Leonardo Vivaldo[2]

Modernidade X Família
O extenso histórico da família brasileira veio atravessando muitas transformações importantes que estão inclusas no contexto sócio-político-econômico do país. Os casamentos tinham interesses econômicos e que as mulheres eram apenas reprodutoras. Os filhos, considerados extensão do patrimônio do patriarca, ao nascer dificilmente experimentavam o sabor do aconchego e da proteção materna, pois eram amamentados e cuidados pelas amas de leite.
No período de vinte anos, várias mudanças aconteceram no nível sócio-político-econômico ligadas ao processo de globalização da economia capitalista, que vem interferindo na dinâmica da estrutura familiar, como a conhecemos, e possibilitando mudanças em seu padrão tradicional de organização.
O homem conquistou tudo o que sonhou e vive assustado com a dimensão da própria obra. A sociedade necessita de alfabetizadores emocionais, urgentemente. É necessário ensinar ao homem desta era, que ousa brincar tão ardentemente de Deus, a ler, interpretar e administrar as próprias emoções. Procuram-se digitadores da informática humana, técnicos capazes de ensinar a auto-estimulação dos hormônios que formam o padrão químico do bem estar. (BOECHAT, 2003, p. 40)
Diante do trecho acima, percebe-se o quanto o homem sente-se perdido, ante a imensidão do que conquistou. A relação familiar, também, vê-se perdida diante de inúmeras inovações sociais, morais e físicas, que acabam por alterar toda a estrutura interna do homem.
Este trabalho pretende mostrar, ainda mais evidente, a relação familiar que, a cada dia, torna-se mais frágil e superficial, provocando a transferência da responsabilidade dos pais a outros como: escola, professores, babás, entre outros. Assim cria-se – na família – um ambiente hostil onde as pessoas não se conhecem, apenas dividem um espaço físico (a casa), mas não se complementam, não se ajudam ou expressam amor umas pelas outras. De acordo com Boechat (2003, p. 42), que fala que “Quem se perdeu não foi o jovem foi o adulto que não está conseguindo ler a modernidade e a confunde com frieza, distanciamento, solidão, perdas”.
Diante da rapidez com que as coisas estão acontecendo, a relação que se estabelece entre pais e filhos – nesta sociedade moderna – traz uma série de incertezas e inseguranças quanto ao tipo de relação familiar que deve ser construída em família, o que, normalmente, acarreta problemas quanto a adequação do aluno (filho) ao meio social (inclusive à escola).
Içami Tiba, psiquiatra e psicodramatista, escreveu sobre a importância que a educação familiar tem durante toda a vida do indivíduo, independente da era em que se está inserido, para ele:
A maior segurança para os navios pode estar no porto, mas eles foram construídos pra singrar os mares. Por maior segurança, sentimento de preservação e de manutenção que possam sentir junto aos pais, os filhos nasceram para singrar os mares da vida, onde vão encontrar aventuras e riscos, terras, culturas e pessoas diferentes. Para lá levarão seus conhecimentos e de lá trarão novidades e outros costumes, ou, se gostarem dali, poderão permanecer, porque levam dentro de si um pouco dos pais e de seu país. (TIBA, 2002, p.23)
Ressalta-se a importância de refletir o quanto a educação e os costumes transmitidos pela família, influenciam à conduta e o comportamento apresentado pelo indivíduo em qualquer local, independente da presença familiar.
Na escola não é diferente. Também nela, o aluno apresenta – ou não – os costumes e hábitos aprendidos e vivenciados no ambiente familiar.
O acompanhamento e a relação desenvolvida em família são indispensáveis para que o aluno se insira no ambiente escolar sem maiores problemas.
Para Tiba (1996, p.178) “É dentro de casa, na socialização familiar, que um filho adquire, aprende e absorve a disciplina para, num futuro próximo, ter saúde social [...]”.
Entretanto, com as mudanças sociais, esta relação tem sido afetada cada vez mais. O trabalho, e outras atividades, têm consumido o tempo dos pais que se vêem incapazes de educar seus filhos, atribuindo (erroneamente) este papel – exclusivamente – à escola.
Segundo Tiba (2002, p.180) “[...] percebo que as crianças têm dificuldade de estabelecer limites claros entre a família e a escola, principalmente quando os próprios pais delegam à escola a educação dos filhos [...]”.
A formatação familiar no Brasil, também sofreu uma série de alterações. Nos últimos vinte anos, a estrutura e a dinâmica familiar sofreram mudanças em seu padrão tradicional de organização devido às evoluções sociais, políticas, econômicas e culturais relacionadas ao capitalismo.
PEREIRA (1995) defende que:
[...] a queda da taxa de fecundidade, devido ao acesso aos métodos contraceptivos e de esterilização; tendências de envelhecimento populacional; declínio do número de casamentos e aumento da dissolução dos vínculos matrimoniais constituídos, com crescimento das taxas de pessoas vivendo sozinhas; aumento da taxa de coabitações (casal que vive junto de maneira informal), o que permite que as crianças recebam outros valores; menos tradicionais; aumento do número de famílias chefiadas por uma só pessoa, principalmente por mulheres que trabalham fora e têm menos tempo para cuidar da casa e dos filhos.
É verdade que a modernidade trouxe uma série de mudanças, inclusive na família, mas tal realidade não isenta a instituição familiar de seu papel educador – primordial ao desenvolvimento e integração do filho à sociedade.
De acordo com Kaloustian (1988, p. 22) a família é:
[...] é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família que propicia os aportes afetivos e sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade. É também em seu interior que se constroem as marcas entre as gerações e são observados valores culturais.
A educação familiar é um fator bastante importante na formação da personalidade da criança, desenvolvendo sua criticidade, ética e cidadania refletindo diretamente no processo escolar.
E vemos que a organização familiar não é:
[...] somente o berço da cultura e a base da sociedade futura, mas é também o centro da vida social... A educação bem sucedida da criança na família é que vai servir de apoio à sua criatividade e ao seu comportamento produtivo quando for adulto... A família tem sido, é e será a influência mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas. (GOKHALE, 1980, p.33)
Seguindo essa linha de pensamento outro autor que a firma que:
[...] o comportamento das crianças no ambiente escolar e em casa é, na verdade, uma reação às atitudes de seus pais. Foi constatado que a maioria dos problemas de comportamento, como ausência de atenção e agressividade, é reflexo da conduta dos pais. Uma criança, por exemplo, que não consegue, em sala de aula, ficar parada em momento nenhum, mostrado-se sempre nervosa, brigona, agressiva com os colegas, sempre mal arrumada, cadernos rasgados, pode ser que uma das causas para tudo isso seja um relação conflituosa com a família ou a relação, também conflituosa, entre os pais, os quais brigam o tempo todo na frente dos filhos e acabam descontando na criança, com desprezo ou indiferença, com agressões físicas ou verbais. Este fenômeno, tão comum, leva a criança a pedir ajuda, demonstrando isso de várias maneiras, inclusive chamando a atenção para si, no ambiente escolar. (WEIL, 1984, p.47)
Sendo assim, é importante ressaltar que a escola é passageira, para o indivíduo, (com a finalidade de enriquecimento intelectual, entre outros) a família, seus costumes e hábitos perduram por toda a vida do mesmo. Em virtude disso é incoerente que os pais atribuam à escola a primeira educação de seus filhos.
De acordo com Tiba (2002, p.181)
[...] Para a escola, os alunos são apenas transeuntes psicopedagógicos. Passam por um período pedagógico e, com certeza, um dia vão embora. Mas, família não se escolhe e não há como mudar de sangue. As escolas mudam, mas os pais são eternos [...].
Os pais não podem confundir a atribuição de responsabilidade com o abandono da supervisão escolar – necessária a todo ser humano. A responsabilidade é extremamente importante para o desenvolvimento da criança, mas – como em toda etapa da vida do indivíduo – necessita de um ser mais experiente (no caso a família) para nortear as atitudes a serem tomadas pelo mesmo.
A própria lei garante a participação familiar no processo de ensino-aprendizagem de seus filhos, todavia, nem sempre as famílias se dispõem a esta participação. O dever da família com o processo de escolaridade e a importância da sua presença no contexto escolar é publicamente reconhecido na legislação nacional e nas diretrizes do Ministério da Educação.
Ressalta-se a importância sobre a construção de uma relação de amizade e companheirismo – onde se conheça problemas, anseios e especificidades – entre família e escola, visto que as duas devem trabalhar para o mesmo objetivo, sendo, portanto, parceiras, e não rivais.
Entretanto, mesmo conhecendo os problemas e peculiaridades das famílias – e por conseqüência dos educandos – se não houver um interesse mútuo em solucioná-los, o esforço de detectar tais problemas tornam-se nulos, impedindo que a escola e o professor possam intervir para o sucesso do educando. O interesse e participação familiar são fundamentais.
Na participação, um sujeito sempre espera algo do outro. E para que isto de fato ocorra é preciso a construção coletiva de uma relação de diálogo mútuo, onde cada parte envolvida tenha o seu momento de fala, mas também de escrita, onde exista uma efetiva troca de saberes. A capacidade de comunicação exige a compreensão da mensagem que o outro quer transmitir e para tal faz-se necessário o desejo de querer escutar o outro, a atenção às idéias emitidas e a flexibilidade para receber idéias contrárias. Uma atitude de desinteresse e de preconceitos pode danificar profundamente a relação família/escola e trazer sérios prejuízos para o sucesso escolar e pessoal dos educandos.

Definindo Rendimento Escolar
A realidade que se apresenta nas escolas, no que diz respeito ao rendimento qualiquantitativo e ao comportamento de seus alunos, tem preocupado e suscitado uma série de estudos sobre o rendimento escolar de nos educandos.
O termo “rendimento escolar” leva a inferência ao sucesso qualitativo e quantitativo do educando. Diz-se rendimento escolar referindo-se a formação de um cidadão pro - ativo e consciente de seu papel em sociedade, tal comportamento vai além do conhecimento intelectual.
Segundo Vicente Martins (2005, s/p)
A Lei de Diretrizes e bases – LDB, ao disciplinar a estrutura e o funcionamento da educação básica, determina, no seu art. 23, que a educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. Este princípio de flexibilidade de organização curricular orienta também, ainda no inciso V do artigo 23, que a verificação do rendimento escolar observará o seguinte critério: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.

Assim, é possível definir que o rendimento escolar é muito mais amplo e complexo do que parece, exigindo esforço e dedicação não só dos pais e professores, mas do aluno – que é agente ativo de todo o processo.
Cervera (2007, s/p) comenta que “Os pais, não podem esquecer que o protagonista da aprendizagem é o filho, o estudante, que nunca pode ser sujeito passivo do processo educativo”.
A educação escolar baseia-se na formação do indivíduo em um cidadão critico reflexivo e que tenha consciência de seu importante papel na construção – ou desconstrução – da sociedade em que está inserido.
Com base no conceito supracitado é que se faz vital a compreensão sobre o conceito do termo aprendizagem – rendimento escolar – para o alcance de objetivos satisfatórios no processo em questão. Visto que, havendo uma homogeneidade quanto a conceitos básicos pertencentes à questão educativa, haverá, por conseguinte, uma coerência nas ações dos agentes nela envolvidos.
De acordo com Cervera (2007, s/p):
Para a aquisição de conhecimentos não basta que os professores expliquem e exijam, é preciso que o aluno realize o trabalho correspondente de aprender, que não é só ‘compreende’ mas analisar, completar ou ampliar, memorizar, etc.
Percebe-se, então, que o rendimento escolar, não se resume as notas, mas a uma série de ações que culminam em um aprendizado qualiquantitativo – atrelando boas notas ao verdadeiro aprendizado.
Sendo assim, torna-se indispensável à compreensão familiar de que as notas são conseqüências e não objetivo fundamental do processo educativo, o que deve ser, de fato, levado em consideração é o esforço e dedicação do aluno (filho) que, inevitavelmente, alcançará boas notas.
Segundo Gokhale (2007, p. 23):
Os pais devem evitar as reações desproporcionadas perante ‘as notas’. Dissemos que o importante é o esforço que o filho desprendeu, não os resultados alcançados. Uma nota elevada sem esforço não merece um prêmio e, por vezes, uma aprovação pode ser motivo para uma celebração.
Deve-se ter a consciência de que nem sempre as melhores notas são conseqüências de grandes esforços e vice-versa. O foco central deve ser a aprendizagem significativa.

Família – escola: parceria vital
A literatura defende que as crianças que têm o acompanhamento familiar – boa convivência, relacionamento, regras, limites, entre outros – têm bom rendimento escolar, tanto quantitativa, quanto qualitativamente, não apresentando dificuldades quanto às normas e rotinas escolares.
O acompanhamento familiar pode evitar uma possível reprovação e possibilitar o verdadeiro aprendizado do educando.
Tiba (2002, p.181), afirma que “se os pais acompanharem o rendimento escolar do filho desde o começo do ano, poderão identificar precocemente essas tendências e, com o apoio dos professores, reativar seu interesse por determinada disciplina em que vai mal”.
Ressalta-se que se houvesse a parceria entre pais e escola, possivelmente, ocorreria o alcance de bons resultados em relação ao aluno (filho).
De acordo com Cervera (2005 s/p): “A responsabilidade dos estudos recai sobre os pais, os professores e sobre o filho-aluno. É uma responsabilidade partilhada e, portanto, nenhuma das três partes deve permanecer à margem desta tarefa ou ter ópticas diferentes”.
Tiba (2002, p.183) afirma que “[...] quando a escola o pai e a mãe falam a mesma língua e têm valores semelhantes, a criança aprende sem grandes conflitos e não joga a escola contra os pais e vice-versa [...]”.
Um passo importante para a construção de uma parceria entre a escola e a família é, sem dúvida, a identificação desta como instituição educadora, tendo sempre o que transmitir e o que aprender. “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” (FREIRE, 1987, p. 68).
Para que a parceria dê certo é preciso que haja respeito mútuo, o que favorece a confiança e demonstra competência de ambas as partes. Mas, para que isso aconteça, é preciso haver delimitações no papel de cada uma. Muitas famílias delegam à escola toda a educação dos filhos, desde o ensino das disciplinas específicas até a educação de valores, a formação do caráter, além da carência afetiva que muitas crianças trazem de casa, esperando que o professor supra essa necessidade. Por outro lado, algumas “famílias sentem-se desautorizadas pelo professor, que toma para si tarefas que são da competência da família” (SZYMANSKI, 2003, p. 74).
Sendo assim, é importante ressaltar que, a escola tem como função estimular a construção do conhecimento nas áreas do saber, consideradas fundamentais para o processo de formação de seus alunos. Essa é uma missão específica da escola, portanto, nenhuma família tem a obrigação de ministrar ou transmitir informações específicas ou científicas. Por outro lado, não cabe ao profissional da educação assumir responsabilidades inerentes à família do aluno. Porém, deve despertar tratamentos respeitosos, confiantes e afetuosos, como profissional e membro da sociedade que é, mas não como um membro da família.
A família deve acolher a criança, oferecendo-lhe um ambiente estável e amoroso. Muitas, infelizmente, não conseguem manter um relacionamento harmonioso. Para algumas pessoas, é bastante difícil, seja por questões econômicas ou sociais. Ao observar este universo, as escolas podem criar um ambiente familiar diferente, “ajudando-as a caminhar para fora de um ambiente familiar adverso e criando uma rede de relações, fora das famílias de origem, que lhes possibilite uma vida digna, com relações humanas estáveis e amorosas” (SZYMANSKI, 2003, pp.62-63).
Percebe-se, hoje, que a escola assume funções outrora reservadas à instituição familiar, não conseguindo suportar tantas atribuições. Em virtude disso há a necessidade da parceria entre família e escola.
Ao se falar no relacionamento família/escola, muitos fatores merecem ser levados em consideração. É importante perceber que as ações da família são, na maioria das vezes, muito diferente das ações desenvolvidas na escola, principalmente nas classes sociais mais baixas, onde o nível de escolaridade e verbalização torna a participação crítica das famílias algo quase impossível. Até participam dos encontros realizados nas escolas, mas de forma passiva, apenas ouvem o que está sendo dito, recebem notas e reclamações quanto ao comportamento dos filhos e não opinam, já que, muitas, acreditam não poder acrescentar nada ao ambiente escolar. Estas famílias não sabem que, mesmo sendo analfabetas ou com baixa escolarização, podem contribuir na aprendizagem dos filhos e desenvolver hábitos coerentes como o desenvolvido na escola.
É bem verdade que muitas escolas, entretanto, não facilitam a participação das famílias e, muito menos, incentivam o desenvolvimento de parcerias. Algumas se colocam na posição de detentoras do saber, acreditando que só elas têm o poder de decisão. Outras acreditam no potencial das famílias, respeitam as decisões e levam em consideração os sentimentos e emoções das famílias. Temos, ainda, escolas que valorizam a interdependência, a reciprocidade e a tomada de decisões em conjunto.
Para Szymanski (2003, p,66) afirma que:
Os conflitos entre famílias e escolas podem advir das diferenças sociais, valores, crenças, hábitos de interação e comunicação subjacentes ao modelo educativo. Tanto crianças como pais podem comportar-se segundo modelos educativos que não são os da escola.
Em virtude disto e de outros fatores, acaba ocorrendo um conflito de idéias entre a família e a escola, ocasionando o insucesso do processo educacional e, por conseqüência, do rendimento escolar.
Neste relacionamento escola/família, a troca de informações pode possibilitar a descoberta de significados comuns. Com a devida orientação, a família pode encontrar saídas para seus problemas, de forma a possibilitar que suas crianças e adolescentes desfrutem dos seus direitos de liberdade, respeito e dignidade, inclusive garantidos por lei. Contudo, “não pode deixar de ser dito que sentimentos são ingredientes na construção de nosso modo de ver o mundo”. (SZYMANSKI, 2003, p.36).

Considerações finais
A família é essencial para o desenvolvimento do indivíduo, independente de sua formação. É no meio familiar que o indivíduo tem seus primeiros contatos com o mundo externo, com a linguagem, com a aprendizagem e aprende os primeiros valores e hábitos. Tal convivência é fundamental para que a criança se insira no meio escolar sem problemas de relacionamento disciplinar, entre ele e os outros.
A sociedade urge por uma parceria de sucesso entre famílias e escolas, pois acreditamos que só assim poderemos, realmente, fazer uma educação de qualidade e que possa promover o bem estar de todos.
Só assim poder-se-á alcançar uma sociedade coerente em que seus agentes conheçam e cumpram seus papéis em todos os processos, sobretudo, no processo educacional, sem deixar de lado o familiar e social.


Referências Bibliográficas

BOECHAT, Ivone. A Família no Século XXI. 2ª ed. Rio de Janeiro: Reproarte, 2003.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069, de julho de 1990.
CERVERA, José Manuel; ALCÁZAR, José Antônio Os pais perante o rendimento escolar. Disponível em: . Acesso em: 27/09/2007.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo, Paz e Terra, 1987.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1989.
GOKHALE, S.D. A Família Desaparecerá? In Revista Debates Sociais nº 30, ano XVI. Rio de Janeiro, CBSSIS, 1980.
KALOUSTIAN, S. M. (org.) Família Brasileira, a Base de Tudo. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNICEF, 1988.
MARTINS, Vicente. O que diz a LDB sobre Rendimento Escolar. Disponível em: . Acesso em: 27/09/2007.
PEREIRA, P. A. Desafios Contemporâneos para Sociedade e a Família. In Revista Serviço Social e Sociedade. Nº 48, Ano XVI. São Paulo: Cortez, 1995.
SZYMANSKI, H. A relação escola/família: desafios e perspectivas. Brasília, DF, Plano Editora, 2003.
TIBA, Içami. Disciplina, Limite na medida certa. 41ª ed. São Paulo: Gente, 1996. 240p.
_________. Quem ama, educa. 2ª ed. São Paulo: Gente, 2002.
WEIL, P. G. A Criança, o lar e a escola – guia prático de relações humanas e psicológicas para pais e professores. Petrópolis: Vozes, 1984.



________________________________________
[1] Acadêmica do 5º semestre do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
[2] Graduado em Letras pelo CESB/ICSH; Especialista em lingüística aplicada à língua e à literatura pela Faculdade de Selvíria - FAS; Especialista em EaD e Mestre em Educação pela Universidad de los Pueblos de Europa - UPE. Professor da FACEC, Cristalina-GO; Universidade Estadual do Goiás - UEG; FEDF, e de Inclusão Digital na Faculdade CESB-GO, também é autor de vários artigos e poesias na Companhia Brasileira de Jovens Escritores - CBJE, usina de letras e revista Partes.







::sobre o autor::




[1] Acadêmica do 5º semestre do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
[2] Graduado em Letras pelo CESB/ICSH; Especialista em lingüística aplicada à língua e à literatura pela Faculdade de Selvíria - FAS; Especialista em EaD e Mestre em Educação pela Universidad de los Pueblos de Europa - UPE. Professor da FACEC, Cristalina-GO; Universidade Estadual do Goiás - UEG; FEDF, e de Inclusão Digital na Faculdade CESB-GO, também é autor de vários artigos e poesias na Companhia Brasileira de Jovens Escritores - CBJE, usina de letras e revista Partes.
::contato com o autor::
Fale com o autor clicando aqui.


::uma foto::


::participe::
Cartas

Blog

Fale Conosco




::outros artigos::















Normas para publicar artigos – Revista Virtual Partes

::apoiadores::






© copyright Revista P@rtes 2000-2007
Editor: Gilberto da Silva (Mtb 16.278)
São Paulo - Brasil



Web
www.partes.com.br






http://www.partes.com.br/educacao/familiaerendimento.asp

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO - TEXTO


TEXTO PUBLICADO NO BOLETIM COMUNITÁRIO "União Comunitária" das comunidades católicas Bom Pastor, São Francisco de Assis e São João Batista. O texto foi lido em uma das reuniões pedagógicas da Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas e ilustra bem a proposta pedagógica da escola.

SER VOLUNTÁRIO Lembrando deste detalhe importante...
TRANFORMAÇÃO DO MUNDO

A maioria das pessoas quer mudar o mundo,
SOMENTE, não a si mesmas.
Os outros tem que mudar.
"Os de cima", dizem os de baixo.
"Os de baixo", dizem os de cima.
"Os homens", dizem as mulheres.
"As mulheres", dizem os homens.
"Os alunos", dizem os professores.
"Os professores", dizem os alunos.
"Os pais", dizem a escola.
"A escola", dizem os pais.
Começamos a ameaçar e pressionar.
Compreendemos tão dificilmente...
Que ninguém tem o direito de forçar outros a uma mudança.
Quem quer mudar as pessoas à força É um ditador.
O homem é o único ser Que consegue mudar a sim mesmo
Somente assim munda o modo da convivência humana.
Estruturas sociais Não podem mudar a si mesmas.
Estas são feitas por pessoas, Sustentadas e mantidas por pessoas.
Quando os homens não mudam, Não muda coisa alguma.
Transformar o mundo?
Começo esta tarefa sempre de novo Comigo mesmo.

Fonte: Phil Bosmans in: Ser Voluntário. Quem? Eu? Reflexões para os nossos dias. Coletânea elaborada pro Tini Shoenmaker Stoltenborg. Campinas: Editora Komedi, 2001 -páginas 60-61. Texto adaptado à escola por Breno José de Araújo.

Dialoga com:

CAPÍTULO 16 Do sofrer os defeitos dos outros
1. Aquilo que o homem não pode emendar em si mesmo ou nos demais, deve-o tolerar com paciência, até que Deus disponha de outro modo. Considera que talvez seja melhor assim, para provar tua paciência, sem a qual não têm grande valor nossos méritos. Todavia, convém, nesses embaraços, pedir a Deus que te auxilie, para que os possas levar com seriedade.

2. Se alguém, com uma ou duas advertências, não se emendar, não contendas com ele; mas encomenda tudo a Deus para que seja feita a sua vontade, e seja ele honrado em todos os seus servos, pois sabe tirar bem do mal. Procura sofrer com paciência os defeitos e quaisquer imperfeições dos outros, pois tens também muitas que os outros têm de aturar. Se não te podes modificar como desejas, como pretendes ajeitar os outros à medida de teus desejos? Muito desejamos que os outros sejam perfeitos, e nem por isso emendamos as nossas faltas.

3. Queremos que os outros sejam corrigidos com rigor, e nós não queremos ser repreendidos. Estranhamos a larga liberdade dos outros, e não queremos sofrer recusa alguma. Queremos que os outros sejam apertados por estatutos e não toleramos nenhum constrangimento que nos coíba. Donde claramente se vê quão raras vezes tratamos o próximo como a nós mesmos. Se todos fossem perfeitos, que teríamos então de sofrer nós mesmos por amor de Deus?

4. Ora, Deus assim o dispôs para que aprendamos a carregar uns o fardo dos outros; porque ninguém há sem defeito; ninguém sem carga; ninguém com força e juízo bastante para si; mas cumpre que uns aos outros nos suportemos, consolemos, auxiliemos, instruamos e aconselhemos. Quanta virtude cada um possui, melhor se manifesta na ocasião da adversidade; pois as ocasiões não fazem o homem fraco, mas revelam o que ele é.
Do livro: Imitação de Cristo.

Assim, numa escola onde tem diversos atores sociais o mais importante é construir consensos. Ninguém pode ser excluído do processo, precisa-se de todos. Não pode haver ressentimentos e ódios incontidos. Pode haver conflitos, sempre haverá. No conflito há crescimento. Precisa haver tolerância.

O Todo é muito maior que a soma das partes.

Textos para refletir: DIVULGAÇÃO DO IDH do Brasil (Educação)

Educação na mídia

03 de novembro de 2011

Educação freia IDH brasileiro
Dos itens analisados para medir Índice de Desenvolvimento Humano, pior desempenho do país está na média de escolaridade

Fonte: Zero Hora (RS)



Com uma média de escolaridade de 7,2 anos – semelhante à de países muito mais pobres, como Gana – puxando para baixo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Brasil ficou na 84ª posição entre 187 países no ranking divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O país avançou uma posição em relação ao ano passado e tem desenvolvimento humano considerado alto segundo o cálculo, baseado em três fatores: saúde, Educação e renda.

No ranking deste ano, a Noruega voltou a ocupar o topo da lista, seguida por Austrália e Holanda (veja a lista completa ao lado). No ano passado, o Brasil aparecia na 73º posição entre 169 países – mas, como a metodologia usada para definir o IDH mudou, o país estaria em 85º em 2010, segundo o Pnud.

Assim, pode-se dizer que em 2011 o país ganhou uma posição no índice. Uma versão que é contestada por Flavio Comim, professor de Economia da UFRGS, responsável pela divulgação do IDH entre 2006 e 2010.

– O Brasil está 11 posições abaixo do ano passado e foi ultrapassado por países como Venezuela e Geórgia. Estamos crescendo cada vez menos, principalmente nas áreas da saúde e da Educação – afirma Comim.

Os números usados pelo relatório para medir a Educação (média de escolaridade e expectativa de escolaridade) refletem um trabalho que o país ainda não conseguiu realizar: manter os estudantes no colégio. Enquanto o Brasil tem uma expectativa de escolaridade de 13,8 anos, a escolaridade real dos acima de 25 anos, no entanto, é de apenas 7,2 anos.

Isso indica que uma criança brasileira tem chances reais de completar o Ensino Médio e entrar em uma faculdade, porque há vagas e o ensino básico brasileiro obrigatório é de 12 anos. Na prática, porém, boa parte delas abandona os bancos escolares antes mesmo de terminar o Ensino Fundamental.

Os dados do PNUD apontam que, desde 2000, o Brasil avança 0,69% ao ano no IDH. Nos últimos seis anos, o país subiu quatro posições no ranking mundial, tendo sido classificado, em 2007, pela primeira vez, como de alto desenvolvimento humano.

O avanço brasileiro, no entanto, está ficando mais lento. Resolvidos os grandes problemas, esbarra-se agora no mais difícil: não basta apenas a quantidade, é preciso resolver a qualidade.

Ainda assim, os avanços sociais são responsáveis por levar o Brasil a melhorar seu IDH na última década. A expectativa de vida ao nascer – que pode ser considerada uma síntese de melhorias como prevenção de doenças e acesso a água potável – é a principal alavanca do IDH brasileiro.

Entre 2000 e 2009, esse índice aumentou praticamente cinco anos, alcançando os 73,5 anos registrados no relatório divulgado ontem.
http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/19958/educacao-freia-idh-brasileiro/

Textos para refletir

Publicamos nesse espaço textos de diferentes autores sobre um mesmo e determinado assunto: EDUCAÇÃO. Porque a proposta desse blog é discutir a ESCOLA, tanto internamente, quanto externamente. A ESCOLA não é o seu interior feito de paredes e tijolos. A ESCOLA é a relação que se estabelece entre seus diferentes atores sociais: alunos, professores, pais, responsáveis, direção e profissionais pedagógicos e de serviços e o governo em suas diferentes instâncias. Tudo isso com um objetivo comum: o ensino e a aprendizagem na formação do cidadão.

Não se concebe uma instituição onde se produz e se divulga a CULTURA, especialmente a cultura escrita não haver textos para se ler, dialogar pensar e repensar a nossa própria prática profissional. Ninguém é uma ilha. A escola não pode nem pensar a ser, ainda mais numa sociedade TOTALMENTE CONECTADA como a nossa.

A palavra que resume tudo é HUMILDADE. Não posso me arvorar em dizer que sei tudo, que dou conta de tudo e que não preciso de ajuda. Todos precisam. Há um provérbio índio que diz "é preciso toda uma aldeia para se educar uma criança."


Educação na mídia

03 de novembro de 2011

Opinião: Choque de realidade
''É impossível mudar a qualidade da Educação sem mexer radicalmente na qualidade da carreira de professores, tornando-a mais valorizada e atrativa'', diz Ana Maria Diniz

Fonte: O Estado de São Paulo (SP)




* ANA MARIA DINIZ

Para mudar a condição das coisas é preciso uma dose de coragem e outra de humildade. Na questão da Educação no Brasil, ter coragem de encarar a má qualidade da formação inicial de nossos professores e valorizar a carreira docente são passos fundamentais para realizar a mudança estrutural de que o País precisa.

A sofrível qualidade da nossa Educação é um fato indiscutível. Inúmeros estudos e pesquisas identificam as causas da baixa qualidade de nossas escolas e indicam o que pode ser feito para que no futuro possamos figurar entre os 20 melhores países em Educação no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa).

Não existe receita única, mas os melhores sistemas de Educação do mundo, como o da Finlândia e o da Coreia do Sul, apontam caminhos. Um deles merece destaque: professores bem preparados, com foco no aprendizado dos alunos e com carreira atraente,à altura de sua importante missão.

O Brasil ainda enfrenta um problema específico que demanda soluções urgentes: a falta de professores. Se não abrirmos os olhos, não teremos professores suficientes para suportar a quantidade de alunos que entram nas escolas a cada ano. Esse déficit de professores já é uma realidade, pois faltam educadores generalistas na pré-escola e no ensino fundamental I.

O déficit de especialistas do segundo ciclo do ensino fundamental em diante é ainda maior. O censo escolar de 2009 mostra que somente 23% dos professores que dão aula de Física são formados em Física. A situação não é diferente em Química, Matemática e Biologia.

Para completar esse quadro, a qualidade de ensino das faculdades de Pedagogia, em geral, deixa a desejar.Temos dois fatores que contribuem para essa situação:a formação inicial dos professores está impregnada de um conteúdo acadêmico mais preocupado com a filosofia e a história da Educação e com as diferenças teóricas entre as metodologias pedagógicas do que com as práticas em sala de aula.

Um professor sai da faculdade sem a menor ideia de como lidar com os alunos numa situação real de classe. Tampouco entende como sua disciplina dialoga com o contexto das outras matérias. Infelizmente, as universidades estão mais preocupadas com produção de trabalhos acadêmicos e com disputas de poder interno do que com uma formação que ajude os alunos na sala de aula, onde a Educação de fato se dá.

Outro fator preocupante é a baixa atratividade da carreira. Apenas 2% dos vestibulandos aspiram a uma vaga nas faculdades de Pedagogia.

Precisamos transformar esse círculo vicioso em virtuoso: formar professores focados e comprometidos; criar padrões de formação, exigir das faculdades que coloquem o aprendizado e a sala de aula no centro do debate, incluindo no currículo questões como gestão de sala de aula, diversidade, uso de resultados de avaliações para melhorar o aprendizado, estratégia de sucesso escolar, entre outros.

É preciso criar espaço para que os estudantes de Pedagogia e licenciatura possam interagir com alunos de forma monitorada para que o futuro professor possa progredir e se profissionalizar. Esses mesmos padrões devem servir também para avaliar o progresso na carreira docente, e o bom professor deve receber incentivos, de acordo com os padrões determinados e com o desempenho dos seus alunos.

Para que essas mudanças ocorram,é preciso vontade política e apoio da sociedade. É impossível mudar a qualidade da Educação de um país sem mexer radicalmente na qualidade da carreira de professores, tornando-a mais valorizada e atrativa.

Devemos ter como uma das grandes metas do País fazer da profissão de professor uma das cinco mais admiradas pela sociedade civil nos próximos cinco anos.Isso,sim,pode provocar a mudança necessária para alcançarmos a Educação que desejamos para o Brasil.

* PRESIDENTE DO INSTITUTO SINGULARIDADES, COORDENADORA DA PARCEIROS DA Educação, MEMBRO DO CONSELHO DE GOVERNANÇA DO MOVIMENTO TODOS PELA EDUCAÇÃO, É MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO GRUPO PÃO DE AÇÚCAR

site do MOVIMENTO TODOS PELA EDUCAÇÃO
ENDEREÇO:http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/19988/opiniao-choque-de-realidade/

FORMATURA 2011

FORMATURA 2012

Formatura 2013

Nono ano 2014

Localização

Custa Estudar?

Objetivo do blog

Divulgar para a comunidade escolar como funciona a escola.

Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas

Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas

Ler e escrever!

A função primordial de uma ESCOLA é ensinar o aluno a LER e a ESCREVER. Quando ele aprende a LER e a ESCREVER, deve então LER e ESCREVER! Transformando - se assim num CIDADÃO. Capaz de LER o mundo que o cerca e de ESCREVER sua própria história.



Esse blog é uma ferramenta onde os alunos e toda a comunidade da Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas possam fazer uso da LEITURA e da ESCRITA tendo como assunto principal a si próprios como SUJEITOS DO CONHECIMENTO que são.







Escola e Democracia

Dermeval Saviani em sua obra: Escola e Democracia – polêmicas do nosso tempo diz:

Uma pedagogia articulada com os interesses populares valorizará, pois, a escola; não será indiferente ao que ocorre em seu interior, estará empenhada em que a escola funcione bem; portanto, estará interessada em métodos de ensino eficazes. Tais métodos se situarão para além dos métodos tradicionais e novos, superando por incorporação as contribuições de uns e de outros. Portanto, serão métodos que estimularão a atividade e iniciativa dos alunos sem abrir mão, porém, da iniciativa do professor; favorecerão o diálogo dos alunos entre si e com o professor mas sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura acumulada historicamente; levarão em conta os interesses dos alunos, os ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico mas sem perder de vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do processo de transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos.

Powered By Blogger