EDUCAÇÃO
A Influência da família no rendimento escolar do indivíduo
Analídia Lopes e Leonardo Vivaldo
publicado em 15/11/2007
Analídia Lopes[1]
Leonardo Vivaldo[2]
Modernidade X Família
O extenso histórico da família brasileira veio atravessando muitas transformações importantes que estão inclusas no contexto sócio-político-econômico do país. Os casamentos tinham interesses econômicos e que as mulheres eram apenas reprodutoras. Os filhos, considerados extensão do patrimônio do patriarca, ao nascer dificilmente experimentavam o sabor do aconchego e da proteção materna, pois eram amamentados e cuidados pelas amas de leite.
No período de vinte anos, várias mudanças aconteceram no nível sócio-político-econômico ligadas ao processo de globalização da economia capitalista, que vem interferindo na dinâmica da estrutura familiar, como a conhecemos, e possibilitando mudanças em seu padrão tradicional de organização.
O homem conquistou tudo o que sonhou e vive assustado com a dimensão da própria obra. A sociedade necessita de alfabetizadores emocionais, urgentemente. É necessário ensinar ao homem desta era, que ousa brincar tão ardentemente de Deus, a ler, interpretar e administrar as próprias emoções. Procuram-se digitadores da informática humana, técnicos capazes de ensinar a auto-estimulação dos hormônios que formam o padrão químico do bem estar. (BOECHAT, 2003, p. 40)
Diante do trecho acima, percebe-se o quanto o homem sente-se perdido, ante a imensidão do que conquistou. A relação familiar, também, vê-se perdida diante de inúmeras inovações sociais, morais e físicas, que acabam por alterar toda a estrutura interna do homem.
Este trabalho pretende mostrar, ainda mais evidente, a relação familiar que, a cada dia, torna-se mais frágil e superficial, provocando a transferência da responsabilidade dos pais a outros como: escola, professores, babás, entre outros. Assim cria-se – na família – um ambiente hostil onde as pessoas não se conhecem, apenas dividem um espaço físico (a casa), mas não se complementam, não se ajudam ou expressam amor umas pelas outras. De acordo com Boechat (2003, p. 42), que fala que “Quem se perdeu não foi o jovem foi o adulto que não está conseguindo ler a modernidade e a confunde com frieza, distanciamento, solidão, perdas”.
Diante da rapidez com que as coisas estão acontecendo, a relação que se estabelece entre pais e filhos – nesta sociedade moderna – traz uma série de incertezas e inseguranças quanto ao tipo de relação familiar que deve ser construída em família, o que, normalmente, acarreta problemas quanto a adequação do aluno (filho) ao meio social (inclusive à escola).
Içami Tiba, psiquiatra e psicodramatista, escreveu sobre a importância que a educação familiar tem durante toda a vida do indivíduo, independente da era em que se está inserido, para ele:
A maior segurança para os navios pode estar no porto, mas eles foram construídos pra singrar os mares. Por maior segurança, sentimento de preservação e de manutenção que possam sentir junto aos pais, os filhos nasceram para singrar os mares da vida, onde vão encontrar aventuras e riscos, terras, culturas e pessoas diferentes. Para lá levarão seus conhecimentos e de lá trarão novidades e outros costumes, ou, se gostarem dali, poderão permanecer, porque levam dentro de si um pouco dos pais e de seu país. (TIBA, 2002, p.23)
Ressalta-se a importância de refletir o quanto a educação e os costumes transmitidos pela família, influenciam à conduta e o comportamento apresentado pelo indivíduo em qualquer local, independente da presença familiar.
Na escola não é diferente. Também nela, o aluno apresenta – ou não – os costumes e hábitos aprendidos e vivenciados no ambiente familiar.
O acompanhamento e a relação desenvolvida em família são indispensáveis para que o aluno se insira no ambiente escolar sem maiores problemas.
Para Tiba (1996, p.178) “É dentro de casa, na socialização familiar, que um filho adquire, aprende e absorve a disciplina para, num futuro próximo, ter saúde social [...]”.
Entretanto, com as mudanças sociais, esta relação tem sido afetada cada vez mais. O trabalho, e outras atividades, têm consumido o tempo dos pais que se vêem incapazes de educar seus filhos, atribuindo (erroneamente) este papel – exclusivamente – à escola.
Segundo Tiba (2002, p.180) “[...] percebo que as crianças têm dificuldade de estabelecer limites claros entre a família e a escola, principalmente quando os próprios pais delegam à escola a educação dos filhos [...]”.
A formatação familiar no Brasil, também sofreu uma série de alterações. Nos últimos vinte anos, a estrutura e a dinâmica familiar sofreram mudanças em seu padrão tradicional de organização devido às evoluções sociais, políticas, econômicas e culturais relacionadas ao capitalismo.
PEREIRA (1995) defende que:
[...] a queda da taxa de fecundidade, devido ao acesso aos métodos contraceptivos e de esterilização; tendências de envelhecimento populacional; declínio do número de casamentos e aumento da dissolução dos vínculos matrimoniais constituídos, com crescimento das taxas de pessoas vivendo sozinhas; aumento da taxa de coabitações (casal que vive junto de maneira informal), o que permite que as crianças recebam outros valores; menos tradicionais; aumento do número de famílias chefiadas por uma só pessoa, principalmente por mulheres que trabalham fora e têm menos tempo para cuidar da casa e dos filhos.
É verdade que a modernidade trouxe uma série de mudanças, inclusive na família, mas tal realidade não isenta a instituição familiar de seu papel educador – primordial ao desenvolvimento e integração do filho à sociedade.
De acordo com Kaloustian (1988, p. 22) a família é:
[...] é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família que propicia os aportes afetivos e sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade. É também em seu interior que se constroem as marcas entre as gerações e são observados valores culturais.
A educação familiar é um fator bastante importante na formação da personalidade da criança, desenvolvendo sua criticidade, ética e cidadania refletindo diretamente no processo escolar.
E vemos que a organização familiar não é:
[...] somente o berço da cultura e a base da sociedade futura, mas é também o centro da vida social... A educação bem sucedida da criança na família é que vai servir de apoio à sua criatividade e ao seu comportamento produtivo quando for adulto... A família tem sido, é e será a influência mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas. (GOKHALE, 1980, p.33)
Seguindo essa linha de pensamento outro autor que a firma que:
[...] o comportamento das crianças no ambiente escolar e em casa é, na verdade, uma reação às atitudes de seus pais. Foi constatado que a maioria dos problemas de comportamento, como ausência de atenção e agressividade, é reflexo da conduta dos pais. Uma criança, por exemplo, que não consegue, em sala de aula, ficar parada em momento nenhum, mostrado-se sempre nervosa, brigona, agressiva com os colegas, sempre mal arrumada, cadernos rasgados, pode ser que uma das causas para tudo isso seja um relação conflituosa com a família ou a relação, também conflituosa, entre os pais, os quais brigam o tempo todo na frente dos filhos e acabam descontando na criança, com desprezo ou indiferença, com agressões físicas ou verbais. Este fenômeno, tão comum, leva a criança a pedir ajuda, demonstrando isso de várias maneiras, inclusive chamando a atenção para si, no ambiente escolar. (WEIL, 1984, p.47)
Sendo assim, é importante ressaltar que a escola é passageira, para o indivíduo, (com a finalidade de enriquecimento intelectual, entre outros) a família, seus costumes e hábitos perduram por toda a vida do mesmo. Em virtude disso é incoerente que os pais atribuam à escola a primeira educação de seus filhos.
De acordo com Tiba (2002, p.181)
[...] Para a escola, os alunos são apenas transeuntes psicopedagógicos. Passam por um período pedagógico e, com certeza, um dia vão embora. Mas, família não se escolhe e não há como mudar de sangue. As escolas mudam, mas os pais são eternos [...].
Os pais não podem confundir a atribuição de responsabilidade com o abandono da supervisão escolar – necessária a todo ser humano. A responsabilidade é extremamente importante para o desenvolvimento da criança, mas – como em toda etapa da vida do indivíduo – necessita de um ser mais experiente (no caso a família) para nortear as atitudes a serem tomadas pelo mesmo.
A própria lei garante a participação familiar no processo de ensino-aprendizagem de seus filhos, todavia, nem sempre as famílias se dispõem a esta participação. O dever da família com o processo de escolaridade e a importância da sua presença no contexto escolar é publicamente reconhecido na legislação nacional e nas diretrizes do Ministério da Educação.
Ressalta-se a importância sobre a construção de uma relação de amizade e companheirismo – onde se conheça problemas, anseios e especificidades – entre família e escola, visto que as duas devem trabalhar para o mesmo objetivo, sendo, portanto, parceiras, e não rivais.
Entretanto, mesmo conhecendo os problemas e peculiaridades das famílias – e por conseqüência dos educandos – se não houver um interesse mútuo em solucioná-los, o esforço de detectar tais problemas tornam-se nulos, impedindo que a escola e o professor possam intervir para o sucesso do educando. O interesse e participação familiar são fundamentais.
Na participação, um sujeito sempre espera algo do outro. E para que isto de fato ocorra é preciso a construção coletiva de uma relação de diálogo mútuo, onde cada parte envolvida tenha o seu momento de fala, mas também de escrita, onde exista uma efetiva troca de saberes. A capacidade de comunicação exige a compreensão da mensagem que o outro quer transmitir e para tal faz-se necessário o desejo de querer escutar o outro, a atenção às idéias emitidas e a flexibilidade para receber idéias contrárias. Uma atitude de desinteresse e de preconceitos pode danificar profundamente a relação família/escola e trazer sérios prejuízos para o sucesso escolar e pessoal dos educandos.
Definindo Rendimento Escolar
A realidade que se apresenta nas escolas, no que diz respeito ao rendimento qualiquantitativo e ao comportamento de seus alunos, tem preocupado e suscitado uma série de estudos sobre o rendimento escolar de nos educandos.
O termo “rendimento escolar” leva a inferência ao sucesso qualitativo e quantitativo do educando. Diz-se rendimento escolar referindo-se a formação de um cidadão pro - ativo e consciente de seu papel em sociedade, tal comportamento vai além do conhecimento intelectual.
Segundo Vicente Martins (2005, s/p)
A Lei de Diretrizes e bases – LDB, ao disciplinar a estrutura e o funcionamento da educação básica, determina, no seu art. 23, que a educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. Este princípio de flexibilidade de organização curricular orienta também, ainda no inciso V do artigo 23, que a verificação do rendimento escolar observará o seguinte critério: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.
Assim, é possível definir que o rendimento escolar é muito mais amplo e complexo do que parece, exigindo esforço e dedicação não só dos pais e professores, mas do aluno – que é agente ativo de todo o processo.
Cervera (2007, s/p) comenta que “Os pais, não podem esquecer que o protagonista da aprendizagem é o filho, o estudante, que nunca pode ser sujeito passivo do processo educativo”.
A educação escolar baseia-se na formação do indivíduo em um cidadão critico reflexivo e que tenha consciência de seu importante papel na construção – ou desconstrução – da sociedade em que está inserido.
Com base no conceito supracitado é que se faz vital a compreensão sobre o conceito do termo aprendizagem – rendimento escolar – para o alcance de objetivos satisfatórios no processo em questão. Visto que, havendo uma homogeneidade quanto a conceitos básicos pertencentes à questão educativa, haverá, por conseguinte, uma coerência nas ações dos agentes nela envolvidos.
De acordo com Cervera (2007, s/p):
Para a aquisição de conhecimentos não basta que os professores expliquem e exijam, é preciso que o aluno realize o trabalho correspondente de aprender, que não é só ‘compreende’ mas analisar, completar ou ampliar, memorizar, etc.
Percebe-se, então, que o rendimento escolar, não se resume as notas, mas a uma série de ações que culminam em um aprendizado qualiquantitativo – atrelando boas notas ao verdadeiro aprendizado.
Sendo assim, torna-se indispensável à compreensão familiar de que as notas são conseqüências e não objetivo fundamental do processo educativo, o que deve ser, de fato, levado em consideração é o esforço e dedicação do aluno (filho) que, inevitavelmente, alcançará boas notas.
Segundo Gokhale (2007, p. 23):
Os pais devem evitar as reações desproporcionadas perante ‘as notas’. Dissemos que o importante é o esforço que o filho desprendeu, não os resultados alcançados. Uma nota elevada sem esforço não merece um prêmio e, por vezes, uma aprovação pode ser motivo para uma celebração.
Deve-se ter a consciência de que nem sempre as melhores notas são conseqüências de grandes esforços e vice-versa. O foco central deve ser a aprendizagem significativa.
Família – escola: parceria vital
A literatura defende que as crianças que têm o acompanhamento familiar – boa convivência, relacionamento, regras, limites, entre outros – têm bom rendimento escolar, tanto quantitativa, quanto qualitativamente, não apresentando dificuldades quanto às normas e rotinas escolares.
O acompanhamento familiar pode evitar uma possível reprovação e possibilitar o verdadeiro aprendizado do educando.
Tiba (2002, p.181), afirma que “se os pais acompanharem o rendimento escolar do filho desde o começo do ano, poderão identificar precocemente essas tendências e, com o apoio dos professores, reativar seu interesse por determinada disciplina em que vai mal”.
Ressalta-se que se houvesse a parceria entre pais e escola, possivelmente, ocorreria o alcance de bons resultados em relação ao aluno (filho).
De acordo com Cervera (2005 s/p): “A responsabilidade dos estudos recai sobre os pais, os professores e sobre o filho-aluno. É uma responsabilidade partilhada e, portanto, nenhuma das três partes deve permanecer à margem desta tarefa ou ter ópticas diferentes”.
Tiba (2002, p.183) afirma que “[...] quando a escola o pai e a mãe falam a mesma língua e têm valores semelhantes, a criança aprende sem grandes conflitos e não joga a escola contra os pais e vice-versa [...]”.
Um passo importante para a construção de uma parceria entre a escola e a família é, sem dúvida, a identificação desta como instituição educadora, tendo sempre o que transmitir e o que aprender. “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” (FREIRE, 1987, p. 68).
Para que a parceria dê certo é preciso que haja respeito mútuo, o que favorece a confiança e demonstra competência de ambas as partes. Mas, para que isso aconteça, é preciso haver delimitações no papel de cada uma. Muitas famílias delegam à escola toda a educação dos filhos, desde o ensino das disciplinas específicas até a educação de valores, a formação do caráter, além da carência afetiva que muitas crianças trazem de casa, esperando que o professor supra essa necessidade. Por outro lado, algumas “famílias sentem-se desautorizadas pelo professor, que toma para si tarefas que são da competência da família” (SZYMANSKI, 2003, p. 74).
Sendo assim, é importante ressaltar que, a escola tem como função estimular a construção do conhecimento nas áreas do saber, consideradas fundamentais para o processo de formação de seus alunos. Essa é uma missão específica da escola, portanto, nenhuma família tem a obrigação de ministrar ou transmitir informações específicas ou científicas. Por outro lado, não cabe ao profissional da educação assumir responsabilidades inerentes à família do aluno. Porém, deve despertar tratamentos respeitosos, confiantes e afetuosos, como profissional e membro da sociedade que é, mas não como um membro da família.
A família deve acolher a criança, oferecendo-lhe um ambiente estável e amoroso. Muitas, infelizmente, não conseguem manter um relacionamento harmonioso. Para algumas pessoas, é bastante difícil, seja por questões econômicas ou sociais. Ao observar este universo, as escolas podem criar um ambiente familiar diferente, “ajudando-as a caminhar para fora de um ambiente familiar adverso e criando uma rede de relações, fora das famílias de origem, que lhes possibilite uma vida digna, com relações humanas estáveis e amorosas” (SZYMANSKI, 2003, pp.62-63).
Percebe-se, hoje, que a escola assume funções outrora reservadas à instituição familiar, não conseguindo suportar tantas atribuições. Em virtude disso há a necessidade da parceria entre família e escola.
Ao se falar no relacionamento família/escola, muitos fatores merecem ser levados em consideração. É importante perceber que as ações da família são, na maioria das vezes, muito diferente das ações desenvolvidas na escola, principalmente nas classes sociais mais baixas, onde o nível de escolaridade e verbalização torna a participação crítica das famílias algo quase impossível. Até participam dos encontros realizados nas escolas, mas de forma passiva, apenas ouvem o que está sendo dito, recebem notas e reclamações quanto ao comportamento dos filhos e não opinam, já que, muitas, acreditam não poder acrescentar nada ao ambiente escolar. Estas famílias não sabem que, mesmo sendo analfabetas ou com baixa escolarização, podem contribuir na aprendizagem dos filhos e desenvolver hábitos coerentes como o desenvolvido na escola.
É bem verdade que muitas escolas, entretanto, não facilitam a participação das famílias e, muito menos, incentivam o desenvolvimento de parcerias. Algumas se colocam na posição de detentoras do saber, acreditando que só elas têm o poder de decisão. Outras acreditam no potencial das famílias, respeitam as decisões e levam em consideração os sentimentos e emoções das famílias. Temos, ainda, escolas que valorizam a interdependência, a reciprocidade e a tomada de decisões em conjunto.
Para Szymanski (2003, p,66) afirma que:
Os conflitos entre famílias e escolas podem advir das diferenças sociais, valores, crenças, hábitos de interação e comunicação subjacentes ao modelo educativo. Tanto crianças como pais podem comportar-se segundo modelos educativos que não são os da escola.
Em virtude disto e de outros fatores, acaba ocorrendo um conflito de idéias entre a família e a escola, ocasionando o insucesso do processo educacional e, por conseqüência, do rendimento escolar.
Neste relacionamento escola/família, a troca de informações pode possibilitar a descoberta de significados comuns. Com a devida orientação, a família pode encontrar saídas para seus problemas, de forma a possibilitar que suas crianças e adolescentes desfrutem dos seus direitos de liberdade, respeito e dignidade, inclusive garantidos por lei. Contudo, “não pode deixar de ser dito que sentimentos são ingredientes na construção de nosso modo de ver o mundo”. (SZYMANSKI, 2003, p.36).
Considerações finais
A família é essencial para o desenvolvimento do indivíduo, independente de sua formação. É no meio familiar que o indivíduo tem seus primeiros contatos com o mundo externo, com a linguagem, com a aprendizagem e aprende os primeiros valores e hábitos. Tal convivência é fundamental para que a criança se insira no meio escolar sem problemas de relacionamento disciplinar, entre ele e os outros.
A sociedade urge por uma parceria de sucesso entre famílias e escolas, pois acreditamos que só assim poderemos, realmente, fazer uma educação de qualidade e que possa promover o bem estar de todos.
Só assim poder-se-á alcançar uma sociedade coerente em que seus agentes conheçam e cumpram seus papéis em todos os processos, sobretudo, no processo educacional, sem deixar de lado o familiar e social.
Referências Bibliográficas
BOECHAT, Ivone. A Família no Século XXI. 2ª ed. Rio de Janeiro: Reproarte, 2003.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069, de julho de 1990.
CERVERA, José Manuel; ALCÁZAR, José Antônio Os pais perante o rendimento escolar. Disponível em:
. Acesso em: 27/09/2007.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo, Paz e Terra, 1987.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1989.
GOKHALE, S.D. A Família Desaparecerá? In Revista Debates Sociais nº 30, ano XVI. Rio de Janeiro, CBSSIS, 1980.
KALOUSTIAN, S. M. (org.) Família Brasileira, a Base de Tudo. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNICEF, 1988.
MARTINS, Vicente. O que diz a LDB sobre Rendimento Escolar. Disponível em: . Acesso em: 27/09/2007.
PEREIRA, P. A. Desafios Contemporâneos para Sociedade e a Família. In Revista Serviço Social e Sociedade. Nº 48, Ano XVI. São Paulo: Cortez, 1995.
SZYMANSKI, H. A relação escola/família: desafios e perspectivas. Brasília, DF, Plano Editora, 2003.
TIBA, Içami. Disciplina, Limite na medida certa. 41ª ed. São Paulo: Gente, 1996. 240p.
_________. Quem ama, educa. 2ª ed. São Paulo: Gente, 2002.
WEIL, P. G. A Criança, o lar e a escola – guia prático de relações humanas e psicológicas para pais e professores. Petrópolis: Vozes, 1984.
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[1] Acadêmica do 5º semestre do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
[2] Graduado em Letras pelo CESB/ICSH; Especialista em lingüística aplicada à língua e à literatura pela Faculdade de Selvíria - FAS; Especialista em EaD e Mestre em Educação pela Universidad de los Pueblos de Europa - UPE. Professor da FACEC, Cristalina-GO; Universidade Estadual do Goiás - UEG; FEDF, e de Inclusão Digital na Faculdade CESB-GO, também é autor de vários artigos e poesias na Companhia Brasileira de Jovens Escritores - CBJE, usina de letras e revista Partes.
::sobre o autor::
[1] Acadêmica do 5º semestre do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
[2] Graduado em Letras pelo CESB/ICSH; Especialista em lingüística aplicada à língua e à literatura pela Faculdade de Selvíria - FAS; Especialista em EaD e Mestre em Educação pela Universidad de los Pueblos de Europa - UPE. Professor da FACEC, Cristalina-GO; Universidade Estadual do Goiás - UEG; FEDF, e de Inclusão Digital na Faculdade CESB-GO, também é autor de vários artigos e poesias na Companhia Brasileira de Jovens Escritores - CBJE, usina de letras e revista Partes.
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