quinta-feira, 8 de agosto de 2013

ENTREVISTA CONCEDIDA À NOVA ESCOLA E AS FORMAS DE SE COMUNICAR COM OS PAIS

Lição de casa: sua escola se preocupa com ela?
Que importância você e sua escola dão às tarefas que os alunos levam para fazer em casa? Confira nesta reportagem como envolver os estudantes, pais e professores e tirar o melhor proveito dessas atividades
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Formação de professores
Lição de casa: sua escola se preocupa com ela? Foto: Omar Paixão/ilustração Melissa Lagoa
Estratégias e planejamento 

Com todos os conceitos esclarecidos, eles precisam ser incorporados pela equipe. Por isso, o tema deve estar presente nos encontros pedagógicos, seja dedicando um módulo por ano a ele, seja com uma reunião por mês. Quando os procedimentos corretos fizerem parte da rotina dos docentes, a discussão sobre as atividades planejadas para casa pode ser retomada eventualmente ou em encontros individuais.
 

Suzana Mesquita Moreira, formadora de professores e coordenadora pedagógica da Escola Projeto Vida, em São Paulo, sugeriu a análise da prática por meio de exemplos que a própria equipe levou: "Os docentes trocaram entre si as lições que haviam proposto para as respectivas turmas e fizeram comentários. Dedicamos algumas horas para debatê-los com base em textos de referência".
 

A coordenadora Sheila Camillo, da EMEF Francisco Ponzio Sobrinho, em Campinas, a 98 quilômetros de São Paulo, usou a mesma estratégia. Os professores detectaram que algumas atividades elaboradas por uma colega do 1º ano não tinham relação com o conteúdo visto em sala. Isso porque o planejamento dos deveres, feito no início do semestre, com o tempo e os diferentes ritmos de aprendizagem foi se distanciando do que estava sendo trabalhado e não mais atendia às necessidades da turma. A solução encontrada foi planejar com menos antecedência e incorporar novas atividades.
 

Outra questão a ser abordada nas reuniões é a retomada das lições - procedimento que deve ser realizado sempre que uma tarefa for entregue pela turma, de acordo com os objetivos do professor. "Se a meta é avaliar as etapas da resolução de uma operação matemática, é preferível fazer uma correção coletiva por amostragem - na qual alguns alunos vão ao quadro mostrar como resolveram - do que entregar o gabarito para simples conferência dos resultados", afirma Suzana, da Projeto Vida.
 

Confira aqui algumas estratégias formativas para que a lição de casa seja acompanhada adequadamente pela coordenação pedagógica.
 

- Analisar os planos de aula 
O planejamento do docente tem de incluir as atividades que serão realizadas na classe e as que serão propostas para casa. Acompanhando os registros semanais do professor, o coordenador avalia se há relação entre elas e as demais características de uma tarefa significativa (leia na página anterior). Elaine Ruiz, da Escola Santi, também na capital paulista, repara na diversidade: "Se o professor insiste em determinado tipo de lição, peço que explore outras possibilidades, contemplando as diversas maneiras de o aluno aprender. O mesmo faço em relação à correção. Por isso, a orientação é para que todos registrem a intenção e como pretendem conferir as tarefas; assim pensamos juntos em novas abordagens". 

- Avaliar os cadernos 
É outra forma de verificar se as lições se encaixam em uma sequência didática e se têm sido retomadas - além de saber se os alunos estão fazendo-as. Na EM do Bairro Jardim das Rosas, em Ibirité, na Grande Belo Horizonte, o coordenador, Breno José de Araújo, organizou-se para verificar o material dos 297 estudantes depois do visto do professor. Ele recolhe as produções quinzenalmente e todos os dias dedica entre uma hora e duas horas para analisar os trabalhos de duas classes: "Depois converso com os docentes individualmente e discuto as intervenções apropriadas para os alunos com mais dificuldade em realizar os deveres". Para tornar essa prática viável - mas não menos efetiva -, é possível selecionar apenas uma amostra de cada classe. 

- Observar a aula 
Nas visitas à sala de aula, o coordenador vai observar se o professor reserva tempo suficiente para dar as orientações necessárias - a fim de que os alunos façam as lições corretamente - e para retomá-las. São pontos a ser registrados: como cada atividade é apresentada? As dúvidas são esclarecidas? A tarefa é anotada no quadro ou ditada rapidamente antes de bater o sinal? E em relação à retomada: o professor confere os cadernos? Os alunos têm oportunidade de expor as dificuldades que tiveram e compartilhar as maneiras de resolver? Quanto tempo dedica a isso? As anotações devem ser compartilhadas com o professor e a devolutiva tem de acontecer no máximo uma semana depois da observação. 

- Ouvir os alunos 
É possível criar um questionário para saber o que os estudantes acham da quantidade, da periodicidade, do nível de dificuldade e da correção. Nele, podem ser incluídos itens em que eles se autoavaliem em relação à dedicação às atividades e ao tempo reservado a elas. Yvone de Lima e Silva, do Colégio Mopi, prefere conversar com os representantes de classe uma vez por bimestre e dar retorno aos professores, coletiva ou individualmente, conforme o caso. 

- Montar um banco de lições 
Organizar um arquivo com vários modelos será útil aos professores quando houver dúvidas sobre o tipo mais adequado de tarefa. NA EMEF 28 de Julho, em São Caetano do Sul, município da Grande São Paulo, o banco de lições é dividido por disciplina e série e fica disponível no computador da sala dos professores. No fim do ano, a coordenadora, Débora Mello de Almeida, reúne as matrizes enviadas pelos professores e seleciona, com a ajuda deles, as que integrarão o acervo. Quando uma atividade é acrescentada, outras parecidas são eliminadas para evitar acúmulo. 

- Organizar uma agenda compartilhada 
Nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, nos quais os alunos têm muitas disciplinas, o coordenador pode criar um calendário, que será compartilhado pelos docentes, a fim de evitar que duas ou mais propostas mais trabalhosas para os alunos sejam sobrepostas. Essa agenda, impressa ou digital, pode ficar disponível na sala dos professores ou nas classes - nesse caso, acessível também aos alunos.
Checklist do formador
Você, coordenador, está valorizando a lição de casa e ajudando o professor a ressignificá-la para os alunos? Confira se, na sua rotina, você: 

- Realiza reuniões formativas sobre o tema. 

- Debate com os professores os objetivos dos deveres propostos aos alunos. 

- Mostra a importância de desenvolver a autonomia dos estudantes. 

- Ajuda a planejar as lições de casa de acordo com o conteúdo ensinado. 

- Discute com os docentes os vários tipos de tarefa. 

- Orienta a equipe a elaborar lições diversificadas e desafiadoras. 

- Sugere a elaboração de atividades adequadas às necessidades de cada aluno. 

- Ressalta a importância de as tarefas serem retomadas em sala. 

- Analisa periodicamente os planos de aula e as atividades resolvidas pelas crianças. 

- Faz observações de sala para acompanhar os momentos da orientação e de retomada dos deveres. 

- Lembra a equipe de que os erros são informações importantes para orientar o replanejamento das aulas e rever a maneira de ensinar.








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A função primordial de uma ESCOLA é ensinar o aluno a LER e a ESCREVER. Quando ele aprende a LER e a ESCREVER, deve então LER e ESCREVER! Transformando - se assim num CIDADÃO. Capaz de LER o mundo que o cerca e de ESCREVER sua própria história.



Esse blog é uma ferramenta onde os alunos e toda a comunidade da Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas possam fazer uso da LEITURA e da ESCRITA tendo como assunto principal a si próprios como SUJEITOS DO CONHECIMENTO que são.







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Dermeval Saviani em sua obra: Escola e Democracia – polêmicas do nosso tempo diz:

Uma pedagogia articulada com os interesses populares valorizará, pois, a escola; não será indiferente ao que ocorre em seu interior, estará empenhada em que a escola funcione bem; portanto, estará interessada em métodos de ensino eficazes. Tais métodos se situarão para além dos métodos tradicionais e novos, superando por incorporação as contribuições de uns e de outros. Portanto, serão métodos que estimularão a atividade e iniciativa dos alunos sem abrir mão, porém, da iniciativa do professor; favorecerão o diálogo dos alunos entre si e com o professor mas sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura acumulada historicamente; levarão em conta os interesses dos alunos, os ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico mas sem perder de vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do processo de transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos.

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